Milton Cunha e Célia DominguesRicardo Almeida / Divulgação
Além de convidados ilustres, o evento celebrou a memória da carnavalesca Rosa Magalhães, que morreu em julho deste ano, e homenageou a cantora Teresa Cristina e o mestre de bateria da Viradouro, Ciça.
A academia surge em uma iniciativa do professor, ex-carnavalesco e comentarista de Carnaval, Milton Cunha e da fundadora da Associação das Mulheres Empreendedoras do Brasil (Amebras), Célia Domingues, que atua há 26 anos na economia criativa do Carnaval. O espaço vai buscar promover a cultura do samba, oferecendo cursos, palestras, oficinas e debates, além de eternizar e preservar a memória de sambistas que ajudaram a construir a história do samba, mas não estão mais entre nós
De acordo com Viviane Martins, pesquisadora e apresentadora de casais de mestre-sala e porta-bandeira, a iniciativa é muito importante para o mundo do samba.
"É de um significado e de uma importância que é incalculável, quando a gente para pra pensar no que foi no passado quando os sambistas eram tratados como marginais, como pessoas desocupadas e hoje a gente (sambistas) um espaço dentro do Centro da Cidade, ocupar esse lugar em que antigamente éramos marginalizados. É imensurável a importância", declarou Viviane.
"É uma conquista extremamente importante para todos e todas nós sambistas porque a gente finca o nosso pé em uma região nobre e aqui vamos contar nossas histórias, futuramente vai ter oficina de adereço, de samba no pé. É um espaço democrático, de muito valor, muita representatividade", completou.
"Há 20 anos, eu e Célia sonhamos em ter um núcleo de pensamento, crítica, aprendizado, ensino dos saberes do mundo do samba. A academia privilegia a democracia do samba, do carnaval, dos bailes, dos coretos, dos blocos, das escolas de samba e está instalada no Rio porque é a capital mundial do Carnaval", afirmou Milton Cunha, presidente da Abac.
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