Focos de incêndio geraram fumaça no Morro do Sumaré, na Tijuca, nesta quarta (2)Reginaldo Pimenta / Arquivo Agência O Dia

Rio - O incêndio que atinge uma área de mata no Morro do Sumaré, na Tijuca, Zona Norte, segue em andamento na manhã desta quinta-feira (3). Os Bombeiros já atuam no combate às chamas há mais de 48 horas. 
Segundo a corporação, a equipe do quartel de Benfica chegou a dar como encerrada a ocorrência às 7h20 desta quarta (2), porém, nove minutos depois, às 7h29, foram acionados novamente, devido a outros focos de incêndio. Até o momento, não há registros de feridos.

Os militares acessam a área de mata pela Rua Olegário Mariano, em um trecho próximo às antenas de transmissão de rádio e TV. A região está sendo monitorada por drones, equipados com câmera térmica para controlarem as temperaturas em cada área, a fim de evitar novos incêndios.
Ao DIA, o major Fábio Contreiras explicou que a presença dessas linhas de transmissão de energia faz com que seja mais complicado combater o fogo na região do Sumaré. "Isso dificulta o trabalho do helicóptero para lançar água, além de gerar preocupação de uma possível colisão com algum fio", detalha. 
Na noite de quarta, o internauta Luiz Azeredo lamentou o estado do incêndio nas redes sociais: "A Tijuca está sob fumaça, não dá para respirar. O fogo na mata não para", relatou.
Recorrência de incêndios florestais no Rio
O Corpo de Bombeiros informou que já combateu mais de 19 mil incêndios florestais em todo o estado, desde janeiro deste ano. Destes, 2.800 ocorrências foram após a criação do Gabinete de Gestão de Crise, em 12 de setembro. Especialistas acreditam que, por conta das altas temperaturas e da estiagem, a tendência é que a sequência de áreas de mata em chamas tenha continuidade no mês de outubro.
Segundo Contreiras, este ano, o estado do Rio vem sofrendo com mais ondas de calor, com dias mais quentes e baixa humidade relativa do ar, além de um regime de ventos diferentes. Para ele, a junção desses fatores colabora para os incêndios acontecerem e ganharem força.
No entanto, de acordo com o major, 95% dos casos são decorrentes de ações humanas. Uma das maiores causas é o descarte incorreto do lixo, que são queimados e podem causar os incêndios, e as queimadas agropecuárias. A soltura de balões e fogos de artifício também estão entre as principais origens das chamas nas florestas.