Rio - A Justiça do Rio condenou, nesta quarta-feira (9), a condenação de Alan Amorim Oliveira, que foi sentenciado a 28 anos e seis meses de reclusão por ter matado dois homens em maio de 2022. O duplo homicídio foi motivado por desentendimentos relacionados a um esquema de pirâmide financeira comandado por ele em Nova Iguaçu.
As vítimas, Jaeder e Carlos, atuavam como recrutadoras de recursos para o esquema de pirâmide que era travestida de fundo de investimentos de Alan. Após atraso dos repasses dos valores, eles desconfiaram da veracidade do fundo e demonstraram vontade de deixar o investimento. Alan atraiu as vítimas até sua chácara em Tinguá, lugar isolado e sem testemunhas, onde surpreendeu sem qualquer chance de defesa, efetuando vários disparos de arma de fogo.
Alan está preso desde julho de 2022, após a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Segundo o promotor de Justiça Bruno Bezerra, responsável pela sustentação oral, ele salientou aos jurados que o crime foi cometido em razão da ganância do réu, que matou as vítimas para ficar com os valores que elas investiram e captaram, os quais, em apenas um mês, chegaram a R$ 500 mil.
Ao final do julgamento, que durou nove horas, ambos os homicídios foram considerados duplamente qualificados, pelo motivo torpe e pela dificuldade de defesa das vítimas, pelo Conselho de Sentença, que julgou procedentes os pedidos do MPRJ, condenando Alan na forma requerida pelo Ministério Público.
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