Jaeder, à esquerda, e Carlos Henrique, à direita, foram executadosReprodução/Redes Sociais

Rio - A Polícia Civil pediu a prisão temporária, na última quarta-feira (18), de Alan Amorim de Oliveira, ex-cabo da Marinha, que teria confessado ter matado o médico Jaeder de Oliveira Reis e um amigo dele, o estudante de medicina Carlos Henrique na semana passada, no distrito de Tinguá, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O ex-militar teria dito que investia o dinheiro das vítimas e que uma desavença motivou o crime.
Segundo a delegada Ana Carolina Medeiros Caldas, titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, a polícia aguarda a justiça deferir o pedido da prisão.
"A polícia já havia pedido a prisão dele, mas foi indeferida em sede de plantão judiciário e encaminhada ao juiz natural. Ainda estamos aguardando o deferimento da prisão", disse a delegada ao DIA neste sábado.
Jaeder e Carlos Henrique eram muito amigos e decidiram, em agosto do ano passado, fazer juntos um curso sobre mercado financeiro. Alan era o dono do suposto curso de investimentos.
O irmão de Carlos Henrique disse que começou a desconfiar de Alan porque as promessas de retorno eram fora do padrão "Achei o lucro muito alto, um lucro mensal, de 10, 20%.", falou Ítalo Cipriano ao RJTV 2, da TV Globo.
Os corpos do médico e do estudante foram encontrados dentro de um veículo com marcas de tiros, no último dia 10, na Estrada do Comércio. Jaeder, de 36 anos, chegou a trabalhar nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Austin e Senador Camará. Mas, segundo a Prefeitura de Nova Iguaçu, ele não prestava serviço para o município há mais de um ano. Carlos Henrique era estudante do 7º período de medicina e tinha 28 anos.
Em nota, a Marinha do Brasil informou que não possui qualquer vínculo com Alan, desde quando foi licenciado do serviço ativo, em 9 de março de 2021.