Na sexta à noite, a Polícia Militar prendeu dois suspeitos e também apreendeu um fuzil, pistola e rádio transmissor na comunidadeFoto: Reprodução da internet

Rio - Moradores do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, ficaram assustados com a quantidade de disparos na comunidade, na madrugada de sábado (21). Segundo relatos, o tiroteio começou por volta das 21h30 de sexta. Os confrontos acontecem desde o dia 11 de maio, quando a guerra entre traficantes de facções rivais voltou a dominar a região.
Na redes sociais, as pessoas comentaram a noite de pânico vivenciada mais uma vez na comunidade desde que a guerra começou, no início de maio.
“Moradores do Morro dos Macacos vivem noite de terror, mais uma vez”, desabafou um morador. “Estava eu me divertindo muitíssimo no karaokê quando começou a porra do tiroteio no Morro dos Macacos”, reclamou outra moradora. “Cara, acho que nunca ouvi tanto tiro daqui de casa”, disse um rapaz. Até quem mora no Grajaú, bairro vizinho a Vila Isabel, ouviu os tiros: “Gente, muitos tiros aqui na região do Grajaú (RJ). O som está distante. Possivelmente na disputa entre facções no Morro dos Macacos. Assustador”. A plataforma Fogo Cruzado-Grajáu, às 21h57 de sexta-feira, começou a avisar sobre o tiroteio: “Muitos tiros em Vila Isabel, Morro dos Macacos. Cuidado na região.”
Até o momento, a Polícia Militar não comentou a madrugada de tiroteio na região. No início da noite de sexta, a corporação divulgou o resultado da ação realizada mais cedo, no Morro dos Macacos. A equipe da UPP Morro dos Macacos prendeu dois indivíduos suspeitos de envolvimento com o crime e apreendeu um fuzil, uma pistola equipada com dispositivo que permite tiros em rajada e rádio transmissor.
A guerra entre traficantes no Morro dos Macacos começou no início do mês. Traficantes do Comando Vermelho (CV), do Morro do São João, no Engenho Novo, e os rivais do Terceiro Comando Puro (TCP), que dominam o Morro dos Macacos, em Vila Isabel, voltaram a se enfrentar desde o dia 11 de maio. Os moradores da comunidade têm que conviver não só com o medo, mas também com o problema de terem escolas e Clínicas da Família fechadas por conta dos tiroteios. Na última quinta, duas escolas ficaram fechadas, entre as nove que estavam sem funcionar desde a semana passada, por conta dos conflitos na região. As unidades fechadas realizam as atividades com os alunos de forma remota.