A medida ocorre após uma cliente passar mal e ser hospitalizada após usar OzempicGetty Images

Rio - A farmácia investigada por venda Ozempic falsificado recebeu autuação e interdição parcial para venda de medicamentos controlados nesta segunda-feira (21). A medida ocorre após uma cliente passar mal e ser hospitalizada no dia anterior no Hospital Copa d'Or, em Copacabana, na Zona Sul.

No estabelecimento, policiais civis da 13ª DP (Ipanema) e representantes do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e Inspeção Agropecuária (Ivisa-Rio) realizaram ação fiscalizatória, onde três caixas de medicamento foram apreendidas. Ainda no local, o proprietário foi ouvido. Diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos.

O medicamento custa em média de R$ 1.000 mil e é indicado para para o tratamento de diabetes tipo 2 em adultos, no entanto, tem sido usado frequentemente para emagrecimento.

Entenda o caso

De acordo com o hospital, a mulher, que já faz uso do medicamento, foi atendida na emergência com um quadro clínico grave e de difícil diagnóstico.

"Ela foi prontamente atendida e o quadro devidamente tratado e revertido. Como a paciente realiza tratamento com Ozempic, considerando a nota que o laboratório responsável pela produção do fármaco divulgou recentemente sobre possível falsificação do medicamento, houve a suspeita de que a paciente poderia ter sido vítima dos efeitos de um remédio falsificado", diz a nota do hospital.

Logo de imediato, os funcionários do estabelecimento acionaram a polícia para que o caso fosse investigado. Ainda conforme a unidade, a paciente se recuperou e recebeu alta no dia seguinte.
Orientações
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todas as denúncias recebidas são analisadas e, quando necessário, encaminhadas para investigação em conjunto com os órgãos de Vigilância Sanitária locais. Nos casos de falsificação, as informações são confirmadas junto à empresa fabricante ou detentora do registro no país.

Ainda segundo a agência, são sinais de desvios de qualidade ou adulteração do produto: alterações de aspecto, cor, odor, sabor, volume ou presença de corpo estranho. Sempre que houver dúvida, o usuário deve entrar em contato com o serviço de atendimento do laboratório farmacêutico para checar as informações e a origem do produto.

A falsificação de medicamentos é crime e, quando identificada, deve ser encaminhada às autoridades policiais.