A mulher, que já faz uso do medicamento, foi atendida na emergência com um quadro clínico grave e de difícil diagnósticoGetty Images

Rio - A Polícia Civil está investigando a venda de medicamentos falsificados da marca Ozempic, após uma paciente passar mal e ser internada na última quinta-feira (17) no Hospital Copa d'Or, em Copacabana, na Zona Sul. Os agentes estiveram no estabelecimento que vendeu o produto e interrogaram o proprietário.
De acordo com o hospital, a mulher, que já faz uso do medicamento, foi atendida na emergência com um quadro clínico grave e de difícil diagnóstico.
"Ela foi prontamente atendida e o quadro devidamente tratado e revertido. Como a paciente realiza tratamento com Ozempic, considerando a nota que o laboratório responsável pela produção do fármaco divulgou recentemente sobre possível falsificação do medicamento, houve a suspeita de que a paciente poderia ter sido vítima dos efeitos de um remédio falsificado", diz a nota do hospital.
Logo de imediato, os funcionários do estabelecimento acionaram a polícia para que o caso fosse investigado. Ainda conforme a unidade, a paciente se recuperou e recebeu alta no dia seguinte.
Agentes da 13ª DP (Ipanema) e representantes do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e Inspeção Agropecuária (Ivisa-Rio) realizaram uma operação no estabelecimento que vendeu o medicamento, cujo endereço não foi divulgado.
O proprietário foi interrogado, e três caixas do produto foram apreendidas. Segundo os policiais, as investigações seguem em andamento para esclarecer os fatos.
Orientações
A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, orienta que a população e os profissionais de saúde somente adquiram medicamentos em estabelecimentos devidamente regularizados, sempre na embalagem completa (dentro da caixa) e com nota fiscal.
Em caso de identificação de unidades dos medicamentos com suspeita de falsificação, a população ou os profissionais de saúde não devem utilizar o produto e devem entrar em contato com as empresas detentoras do registro desses produtos, para verificar sua autenticidade.

Além disso, o fato deve ser comunicado imediatamente à Anvisa, preferencialmente por meio do sistema Notivisa (no caso de profissional de saúde) ou por meio do sistema da Ouvidoria, utilizando a plataforma FalaBR (no caso de pacientes).