O carro do PM ficou com diversas marcas de tirosRede Social

Rio - A Polícia Civil pediu a inclusão do homem que foi alvo do ataque a tiros que matou um policial militar em Saquarema, na Região dos Lagos, no Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas (Provita), do Governo Federal. O rapaz, que não teve a identidade revelada, estava com o 3º Sargento José Madureira dos Anjos Filho, de 40 anos, morto por criminosos na madrugada de domingo (20).
O crime aconteceu na Rua 29, no bairro Ipitangas. Os dois estavam dentro de um carro que foi alvejado por criminosos. Os disparos atingiram José, que morreu ainda no local. A segunda vítima, no entanto, conseguiu escapar com vida e buscou auxílio da Polícia Civil.
As investigações da 124ª DP (Saquarema) apontam que o PM não era o alvo dos bandidos, mas sim o homem que conseguiu fugir. Ele é primo de Robson da Silva de Lima, morto em junho do ano passado após ter sido sequestrado. O cabo da PM Hamilton da Silva Mello Junior, primo de Robson, também foi morto durante o sequestro.
O delegado André Bueno, titular da distrital, aponta que a possível motivação seria a proximidade do alvo com Robson. Além disso, ele teria colaborado com as investigações relacionadas a morte do primo no ano passado.
O Provita consiste em um conjunto de medidas adotadas com o objetivo de proporcionar proteção e assistência a pessoas ameaçadas ou coagidas devido à sua colaboração com investigações ou processos criminais. Em conversa com o DIA, o delegado explicou que o rapaz manifestou interesse em participar do programa e a medida já está sendo providenciada.
José foi enterrado nesta terça-feira, no Cemitério Jardim de Mesquita, na Baixada Fluminense. Lotado do 35º BPM (Itaoraí), ele estava de folga no momento em que foi assassinado.