Eliana de Lima Tavares, de 59 anos, e o filho, estudante de medicina, Carlos Eduardo AquinoReprodução / Redes Sociais
Mulher morre após ser atropelada pelo próprio filho em Campos
Além de atingir a bicicleta da mãe, Carlos Eduardo Aquino colidiu com outro carro que estava com cinco pessoas
Rio - Uma mulher, de 59 anos, morreu na noite desta segunda-feira (28) após ser atropelada pelo próprio filho na Avenida Francisco Lamego, no bairro Jardim Carioca, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Eliana Lima Tavares estava de bicicleta elétrica quando foi atingida pelo filho que dirigia sob efeito de drogas e álcool. Ela morreu na hora.
Carlos Eduardo Tavares de Aquino Cardoso também colidiu em outro veículo que estava com cinco pessoas. As vítimas foram socorridas e encaminhadas ao Hospital Ferreira Machado com ferimentos leves. Bombeiros do quartel de Campos foram acionados para a colisão às 20h40. O jovem também precisou de atendimento e está internado na mesma unidade sob custódia.
A Polícia Militar informou que agentes do 8ºBPM (Campos dos Goytacazes) foram acionados para atender ocorrência de acidente fatal de trânsito. No local, os agentes constataram o atropelamento, bem como uma colisão entre dois automóveis. A ocorrência foi encaminhada à 146ªDP (Guarus).
De acordo com a Polícia Civil, Carlos Eduardo está detido por homicídio culposo sob o efeito de álcool e droga, além de cinco lesões corporais contra ocupantes do outro veículo. A corporação informou que busca imagens de câmeras de segurança para saber se o caso poderá ser classificado como doloso, quando há intenção de matar.
Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães, responsável pelas investigações, o jovem tinha um comportamento agressivo e já possuía histórico de agressões contra a mãe. Agentes da distrital devem ouvir, ainda, familiares, amigos e vizinhos para saber como era a relação de Carlos Eduardo com os pais.
"Agora estamos em diligências para tentar verificar imagens dos fatos para saber se o homicídio de trânsito poderá ser desqualificado para homologação doloso do Código Penal em razão do histórico de violência contra a mãe. Precisamos saber se foi uma simples inobservância de um dever de cuidado ou se teve intenção de matar a própria mãe", explicou ao DIA.
Em abril do ano passado, Eliana publicou uma foto ao lado do filho, que é estudante de Medicina, comemorando a reta final do curso. Na postagem, a mulher disse que estava orgulhosa de Carlos Eduardo. "Você não tem noção da minha alegria e admiração por você! Hoje as lágrimas rolam em meu rosto, mas de felicidade e de orgulho de você. Dedicado e muito eficiente no que faz e fico imensamente grata a Deus por você conseguir realizar essa linda missão que é salvar vidas”, escreveu.
O corpo de Eliana foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Campos. Ainda não há informações sobre o enterro.
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