A Igreja Nossa Senhora de Fátima foi invadida e teve artigos religiosos depredadosFilipe Marques/Ascom CMSMA
Diocese de Nova Iguaçu pede intervenção das autoridades após novos casos de invasões em igrejas
Bispo Gilson Andrade da Silva acredita que ataques fazem parte de uma ação articulada
Rio - A Diocese de Nova Iguaçu manifestou sua indignação e repúdio aos recentes episódios de violência e vandalismo em paróquias locais. Eles pedem a intervenção das autoridades e ações que garantam a segurança dos fiéis e a preservação dos espaços religiosos. Em uma carta aberta, Dom Gilson Andrade da Silva, bispo de Nova Iguaçu, denunciou que três paróquias foram alvos de criminosos.
Foram as Paróquias de São Miguel Arcanjo (Miguel Couto), Nossa Senhora das Graças (Parque Flora) e Sagrada Família (Posse), todas em Nova Iguaçu. A reportagem de O DIA mostrou na sexta-feira (25) o caso de invasão e furto na Igreja Nossa Senhora de Fátima, templo que há 69 anos integra a comunidade da Paróquia de São Miguel Arcanjo. A 58ª DP (Posse) investiga este ocorrido.
"Esses ataques, ocorridos em um curto espaço de tempo e de forma repetida, quase denunciam uma ação articulada para atingir o coração da nossa fé e identidade religiosa. Não podemos e não iremos aceitar que nossos locais de oração e de encontro com Deus sejam desrespeitados, tampouco que nossos fiéis, homens e mulheres de fé, sintam-se vulneráveis e inseguros em espaços que deveriam ser de paz e proteção. A tentativa de violação dos sacrários, onde se guarda o Santíssimo Sacramento, é um ataque à nossa fé e aos valores que sustentam a vida em comunidade", escreveu Dom Gilson Andrade da Silva, bispo de Nova Iguaçu, em uma carta no domingo (27).
Igreja teve porta arrombada e itens roubados
O padre João Vitor Basílio contou que a invasão à Igreja Nossa Senhora de Fátima teria começado na noite de quinta-feira (24) e se prolongado pela madrugada. Ventiladores e toalhas também foram furtados durante a ação criminosa. O interior da igreja foi completamente revirado, com objetos quebrados e espalhados pelo chão.
O padre também mencionou a possibilidade de o crime ter sido motivado por intolerância religiosa."A cena de depredação que me deparei é confusa. Entraram para quebrar a Igreja, ir até a parte mais Sagrada e levarem ventiladores. Ficam questões. Espero que haja respeito por nossa fé e por cada credo. Precisamos buscar a paz unindo todas as religiões. Hoje podemos estar com medo, mas nunca sem esperança de uma Baixada mais fraterna e respeitosa", concluiu.
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