O caso está sendo investigado pela 108ª DP (Três Rios)Reprodução
Dono de academia é executado a tiros em Três Rios
Polícia investiga se morte teria relação com o assassinato de um PM lotado no batalhão da área, em 2022
Rio - O dono de uma academia foi morto a tiros, dentro do estabelecimento, nesta segunda-feira (28), no bairro Vila Isabel, em Três Rios, no Interior Fluminense. O suspeito de cometer o crime fugiu do local. A Polícia Civil investiga o caso.
A vítima, Wolnei José de Carvalho, conhecido na região como Roque, foi alvejada por sete tiros. Segundo informações da Polícia Militar, uma equipe do 38º BPM (Três Rios) fazia patrulhamento pela Rua Fagundes Varella quando se deparou com um carro em alta velocidade.
Ao abordar o veículo, o filho de Wolnei pediu ajuda aos policiais, afirmando que seu pai estava gravemente ferido. Os agentes escoltaram o rapaz até o Hospital Nossa Senhora da Conceição, mas Wolnei já chegou ao local sem vida.
O filho da vítima relatou que um homem armado entrou na academia e abriu fogo contra seu pai. Um amigo, que também estava no carro e ajudou no socorro, afirmou que Wolnei conhecia o atirador.
O caso foi registrado na 108ª DP (Três Rios). O autor do crime ainda não foi identificado, contudo, uma das linhas de investigação envolve um crime que aconteceu em 2022.
Segundo a polícia, Wolnei era pai de uma das vítimas que testemunhou um ataque a tiros em uma festa no Riachuelo Esporte Clube, em Paraíba do Sul, no interior Fluminense, em 2022.
Na ocasião, o sargento George Rodrigo Mendes, do 38º BPM, foi assassinado, e outras duas pessoas também morreram. Cinco ficaram feridas. Após o ataque, o filho de Wolnei teria deixado o país por receio de retaliações.
Responsáveis pelo ataque viram réus
Dois membros da família Avelino foram denunciados pelos três homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio qualificado. João Pedro Bernardes Aguiar de Oliveira, conhecido como João Pedro Avelino, que já estava preso, e Felipe Aguiar de Oliveira Filho, o Filipinho Avelino, viraram réus no caso.
O alvo único da dupla foi o policial militar George Rodrigo Mendes. A motivação seria vingança por outros integrantes da família, dona de terras na cidade de Vassouras e conhecida por um histórico de episódios de violência, terem sido presos em 2022 por crimes previstos no Estatuto do Desarmamento.
Segundo as investigações, Filipinho conduziu o carro que levou a dupla ao local, e João Pedro foi o responsável pelos disparos, que mataram outras duas pessoas, além de George Rodrigo.
João Pedro Avelino já responde por duplo homicídio, em Novo Repartimento, no Sudeste do Pará, onde foi preso em 16 de maio deste ano.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.