Família do pedreiro Carlos Eduardo Oliveira se reuniu na frente da 79ª DP (Jurujuba)Agência O DIA
Motorista que matou pedreiro atropelado é indiciado por homicídio culposo
Jhonatan Santos Fonseca, de 22 anos, dirigia o veículo em alta velocidade e não tinha habilitação
Rio - O motorista Jhonatan Santos Fonseca, de 22 anos, que atropelou e matou o pedreiro Carlos Eduardo Oliveira da Silva, em Niterói, vai responder por homicídio culposo (quando não tem intenção de matar) e omissão de socorro. Há ainda o agravante dele estar dirigindo sem habilitação. A 79ª DP (Jurujuba), responsável pelas investigações, concluiu o inquérito e encaminhou a denúncia para o Ministério Público do Rio (MPRJ), nesta terça-feira (29).
Jhonatan aguarda o andamento do processo em liberdade. Em entrevista ao DIA, a prima da vítima, Milena de Souza, de 21 anos, desabafou sobre a conclusão do inquérito. Segundo ela, a família achava que encontraria alívio nesta nova etapa do processo, mas se deparou com mais medo e angústia.
"Achamos que com o encerramento do inquérito íamos ficar mais calmos, porém isso não aconteceu. Só de saber que provavelmente vai demorar e quanto mais tempo passar aí mesmo que ele poderá se safar, está sendo pior do que antes. O que deveria dar esperanças está dando mais insegurança", desabafou a prima de Carlos.
Jhonatan confessou em depoimento à Polícia Civil que dirige há pelo menos quatro anos de forma ilegal e que nunca se interessou em tirar habilitação. Ele conduzia um Corolla branco e transitava em alta velocidade na Estrada Francisco da Cruz Nunes, às 3h45 do dia 13 de outubro, como mostram as câmeras de segurança da região.
Devido à velocidade do carro, que pode ter ultrapassado os 120 km/h, o pedreiro foi arremessado a uma altura de 4 metros e morreu na hora. Jhonatan fugiu do local e se apresentou à polícia três dias depois do ocorrido.
Na madrugada em que foi morto, Carlos Eduardo, chamado carinhosamente pela família de Dudu, estava comemorando, pois sua carteira de trabalho havia sido assinada 24 horas antes da tragédia. Ele ia iniciar um trabalho como pedreiro e estava feliz com a oportunidade de ter um salário fixo e poder ajudar a família. Ele deixou três filhas de 11, 7 e 1 ano de idade.
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