Papo do Dia reforça o programa Sebrae Delas, que foca nas empreendedoras
Iniciativa capacita mulheres em todo o Brasil, com soluções para impulsionar o desenvolvimento
Renata Roque conversa no Papo do Dia sobre o Sebrae Delas e o impacto das empreendedoras no RJ - Agência O Dia
Renata Roque conversa no Papo do Dia sobre o Sebrae Delas e o impacto das empreendedoras no RJAgência O Dia
Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Rio - Nesta edição, o Papo do Dia vai falar sobre o Sebrae Delas – Desenvolvendo Empreendedoras Líderes Apaixonadas pelo Sucesso –, programa de aceleração do Sebrae RJ criado para impulsionar iniciativas e negócios comandados por mulheres no estado do Rio de Janeiro. Renata Roque, coordenadora de Inclusão Produtiva do Sebrae RJ, vai aprofundar os detalhes do projeto e também trará uma análise do perfil dessas empreendedoras.
Quem são elas? Nesta pílula, Renata Roque revela que o estado do Rio de Janeiro é lar de mais de 900 mil mulheres empreendedoras, majoritariamente com idades entre 35 e 55 anos, e formação acadêmica que varia do ensino médio ao ensino superior completo. Aproximadamente 68% dessas profissionais estão inseridas no setor de serviços, destacando-se nas áreas de educação, saúde e gastronomia, que despontam como os principais pilares de sua atuação.
Mulheres no comando Um levantamento realizado pelo Sebrae RJ, com base nos dados da PNAD-C, apontou um crescimento de 9% nos negócios liderados por mulheres no estado do Rio de Janeiro, enquanto o aumento entre os homens foi de apenas 3%. Neste programa, Renata Roque ressalta que, ano após ano, o número de empreendedoras no estado continua a crescer. Em 2024, o total chega a 965 mil mulheres empresárias, que encontram no empreendedorismo não apenas uma alternativa para gerar renda e sustentar suas famílias, mas também uma forma de alcançar maior flexibilidade de horários.
Renata também destacou os desafios enfrentados pelas mulheres para manterem seus negócios. Entre as principais dificuldades está o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, que frequentemente resulta em desgaste emocional e físico. Além disso, o preconceito estrutural ainda persiste: é comum, por exemplo, que em reuniões ou almoços de negócios, as empreendedoras sejam questionadas sobre quem está cuidando de seus filhos, um estigma que reforça barreiras para o sucesso feminino no mundo corporativo.
Oportunidade ou necessidade? A especialista destaca que, para as mulheres periféricas que empreendem nas favelas, o empreendedorismo surge mais como uma necessidade do que como uma escolha. Estudos apontam que muitas dessas mulheres não conseguem concluir a trajetória escolar, o que se torna um obstáculo significativo para ingressar no mercado formal de trabalho.
Nessa realidade, empreender é a alternativa viável para gerar renda e sustentar suas famílias. Grande parte dessas mulheres são chefes de família, mães solos que enfrentam o desafio diário de prover para seus filhos e assegurar um mínimo de estabilidade em um contexto de vulnerabilidade econômica.
Sebrae Delas Na última pílula, Renata Roque compartilha que o programa Sebrae Delas – Desenvolvendo Empreendedoras Líderes Apaixonadas pelo Sucesso foi lançado em 2019 com o propósito de oferecer soluções específicas para os desafios enfrentados por mulheres empreendedoras. A iniciativa busca, sobretudo, fortalecer habilidades comportamentais e aprimorar o marketing digital, capacitando-as para superar barreiras e alcançar o sucesso em seus negócios.
De acordo com Renata, as interessadas no programa têm a oportunidade de participar de uma trilha de capacitação no Sebrae RJ, que acontece entre maio e novembro. Embora o número inicial de matrículas costume alcançar 500 mulheres, o Sebrae Nacional chega a atender até 30 mil empreendedoras ao longo do ano. Essa abrangência é possível porque todos os escritórios do Sebrae contam com uma gestora regional dedicada ao Sebrae Delas, especialista no tema e preparada para oferecer suporte personalizado às mulheres que buscam transformar suas ideias em empreendimentos de sucesso.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.