Professores fazem ato na sede da prefeitura depois da assembleiaPedro Ivo/ Agência O DIA
Professores decidem manter a greve na rede municipal
Projeto de Lei que motivou paralisação foi aprovado em primeira discussão
Rio - Os professores da rede municipal do Rio decidiram, em assembleia nesta quarta-feira (4), manter a greve deflagrada no último dia 25. A reunião ocorreu na quadra da São Clemente, na Cidade Nova, Região Central do Rio. A Câmara Municipal do Rio aprovou, em primeira discussão, na noite de terça-feira (3), o Projeto de Lei Complementar (PLC) 186/2024, que motivou a paralisação da categoria.
O coordenador-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe-RJ), Marcel Gavazza, afirmou que a categoria vai realizar um ato em frente à prefeitura em busca de diálogo com o governo. "Queremos ser recebidos. Iniciar o diálogo com o governo de Eduardo Paes e com a Secretaria de Educação", explicou.
Para a quinta-feira (5), o calendário de atividades da greve inclui visita às escolas pela manhã e à tarde, a partir das 14h, uma nova vigília na Cinelândia. Com isso, o sindicato pretende trabalhar para minimizar os danos, na votação das emendas, contra o que considera mais nocivo aos professores.
"Nós estaremos lá, colocando o nosso posicionamento. Principalmente, pela supressão do Artigo 12, que conta nossa carga horária em minutos", afirmou Gavazza. A próxima assembleia está marcada para sexta-feira, às 10h, quando a categoria vai avaliar os próximos passos.
Enviado à Câmara pela prefeitura, o PLC altera o estatuto dos servidores municipais e o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração dos educadores. A proposta que mais mobiliza os professores é a de contabilizar a carga horária em minutos, e não mais por hora trabalhada. O PLC 186 também acaba com a licença especial, conhecida como licença-prêmio, para todos os servidores municipais; altera o prazo de estágio probatório para três anos e autoriza o parcelamento de férias, entre outras medidas.
Após ser aprovado por 31 votos a 15, o PLC volta ao plenário na quinta-feira, em segunda discussão, quando serão debatidas as emendas ao texto. Na terça-feira (3), mais de vinte já haviam sido apresentadas.
Na terça-feira, os professores protestaram na Cinelândia para pressionar os parlamentares. Houve tumulto e uso de bombas de efeito moral contra os manifestantes que tentaram entrar na Câmara para acompanhar a votação.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.