Diversas peças de roupas furtadas pelo grupo foram apreendidasReprodução / Polícia Civil

Rio - Policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) realizaram, na manhã desta segunda-feira (9), uma ação contra um grupo de sete pessoas acusado de aplicar golpes em uma rede de lojas de departamentos. De acordo com as investigações da 'Operação Clearance', os crimes causaram um prejuízo superior a R$ 1 milhão a Lojas Renner. Ao todo, os agentes cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em diferentes endereços na Zona Norte do Rio e na Região dos Lagos, mas ninguém foi preso.
Em contato com O DIA, o delegado titular da especializada Luiz Lima Ramos Filho explicou que o bando é liderado por um casal e cometia o golpe há pelo menos dois anos. Eles furtavam roupas para vendê-las na internet a preços abaixo dos praticados pelas unidades. A quadrilha chegou a criar três perfis nas redes sociais para divulgar os materiais, realizar encomendas e até captar novos clientes.
Segundo o delegado, os furtos eram estudados e bem executados. O grupo comprava peças de pequeno valor e buscavam unidades para realizar a troca desses itens. Durante a ação, os golpistas se dirigiam ao provador e escondiam roupas de maior preço em bolsas.
Na saída, caso fossem abordados pelos seguranças da loja devido ao acionamento dos alarmes, eles mostravam os comprovantes das trocas e eram liberados. Para realizar as transações, a quadrilha chegou a criar um CPF falso.
O grupo também aplicou os golpes em unidades nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Além da apreensão dos itens furtados, a especializada solicitou o bloqueio dos perfis e a prisão dos integrantes pelos crimes de furto e estelionato. Porém, de acordo com o delegado Luiz Lima, a Justiça não acatou o pedido de detenção dos acusados.
Por meio de nota, a Lojas Renner informou que "está colaborando com as autoridades, desde o início da investigação dos fatos, para apuração de condutas criminosas que lesam seus clientes, acionistas e a sociedade."