Criminosos que usam clínicas de estética para lavar dinheiro do tráfico são alvos de operação
O grupo criava pessoas jurídicas dentro das comunidades que fazem parte do Complexo da Parma como laranjas; bando movimentou mais de R$ 12 milhões entre 2020 e 2023
Comunidade Vila Operário, em Duque de Caxias, um dos locais da operação - Divulgação
Comunidade Vila Operário, em Duque de Caxias, um dos locais da operação Divulgação
Rio - Agentes da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) realizam, na manhã desta terça-feira (10), uma operação contra traficantes que utilizam empresas de estética para lavar o dinheiro do tráfico de drogas no "Complexo da Parma", que inclui comunidades das Zonas Norte e Oeste da capital, além da Baixada Fluminense. Os criminosos movimentaram mais de R$ 12 milhões entre 2020 e 2023.
De acordo com a investigação, a quadrilha vem criando pessoas jurídicas dentro da própria comunidade, possivelmente de fachada, no ramo de estética, para lavar o dinheiro proveniente do tráfico de drogas e de outras atividades ilegais promovidas pelo grupo. O esquema é disfarçado por operações regulares das pessoas jurídicas, usadas como laranjas, com o intuito de impedir a descoberta da origem ilícita dos valores, tentando dar uma nova aparência a esses recursos.
A investigação apontou que parentes dos traficantes Paulo César Souza dos Santos, o Paulinho Muleta; Alexandre dos Santos de Oliveira, o Corujito; e de um traficante conhecido como Playboy estariam movimentando uma grande quantidade de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
As equipes cumprem mandados de busca e apreensão nas comunidades da Formiga, na Tijuca, e Urubu, em Pilares, ambas na Zona Norte; Vila Operário e Parque Felicidade, em Duque de Caxias.
Nessas localidades, foram identificadas pessoas jurídicas ligadas a parentes de lideranças do tráfico, envolvidos na circulação de grandes volumes de verbas suspeitas de origem criminosa.
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