PM é preso em flagrante por ocultação de cadáver após morte de pedreiro em Maricá
Segundo as investigações, Douglas Faria da Silva e Elenício Gomes da Silva participaram no homicídio de Eliezer dos Santos, encontrado carbonizado dentro de um carro
Prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) - Arquivo / Agência O Dia
Prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG)Arquivo / Agência O Dia
Rio - O policial militar Douglas Faria da Silva e o pedreiro Elenício Gomes da Silva foram presos em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver, nesta terça-feira (10), em Maricá, na Região Metropolitana. Segundo as investigações, ambos tiveram participação na morte de Eliezer dos Santos, encontrado carbonizado dentro de um carro.
O crime ocorreu no sábado passado (7). De acordo com a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), Elenício era amigo da vítima há 15 anos e trabalhavam juntos em uma obra na casa de Douglas.
A DHNSG apurou que os três ingeriram bebidas alcoólicas e, em determinado momento, Elenício atirou em Eliezer. Para tentar encobrir o caso, Douglas orientou que o pedreiro levasse o corpo em um carro até a restinga da cidade e o queimasse.
O corpo foi encontrado carbonizado nesta segunda-feira (9) dentro do porta-malas do carro. Em depoimento, Elenício teria confessado que ateou fogo no veículo, mas negou o homicídio, dizendo que o amigo teria se matado. Já o PM disse que o pedreiro se responsabilizou pelo crime.
Ambos foram presos em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver. Nesta terça-feira (10), a juíza Nathalia Calil Miguel Magluta, do Cartório do Plantão Judicial Capital, do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), expediu um mandado de prisão temporária contra os homens após entender que houve um homicídio.
"A materialidade do crime se encontra indiciada, tendo em vista os relatos colhidos no procedimento, sendo consumado o delito de homicídio. Além disso, há fortes indícios da autoria pelos investigados, tendo em vista os depoimentos pelos próprios prestados, absolutamente colidentes. Há risco inerente à liberdade dos investigados, impondo-se o resguardo das investigações, motivo pelo qual se mostra necessária a custódia cautelar a fim de que seja devidamente concluída a apuração em curso", escreveu a magistrada.
A Polícia Militar informou que Douglas está preso na Unidade Prisional da corporação e será submetido a Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) que pode resultar na exclusão dos quadros.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.