Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi atingida por um tiro de fuzil na cabeça na véspera de NatalReprodução/Redes sociais

Rio - A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, está respondendo bem ao tratamento, mas seu caso ainda é considerado gravíssimo. Em novo boletim, divulgado pelo Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN) na manhã deste sábado (28), os médicos informaram que a paciente está sendo mantida totalmente sedada, ainda sem condições de redução da sedação ou avaliação de estímulos neurológicos.
Familiares de Juliana ficaram aliviados com o avanço do tratamento nas últimas 24 horas. O dreno instalado no crânio durante a cirurgia foi retirado na manhã de quinta-feira (26) e a tomografia apresentou boa resposta. Ela está sem o dispositivo há mais de 24 horas e mantém o quadro neurológico inalterado, o que era esperado pelos médicos.
"A paciente segue internada no CTI da unidade, entubada e acompanhada pelo serviço de neurocirurgia, em conjunto com equipe multidisciplinar", atualizou o hospital.
Relembre o caso 
Juliana foi atingida na cabeça por um tiro de fuzil na última terça-feira (24), na Rodovia Washington Luiz (BR-040). A vítima passava pela via, quando o carro em que estava com a família foi alvo de disparos. Em um vídeo que circula nas redes sociais, o pai da jovem, que dirigia o veículo, afirma que os tiros partiram de agentes da PRF.
Segundo a mãe de Juliana, os policiais atiraram mais de 30 vezes contra o carro da família. Além da jovem e a mãe, estavam no carro o pai da vítima, um outro filho do casal e a mulher dele. Eles saíram de Belford Roxo e seguia para a casa de uma irmã de Juliana, em Niterói, onde celebrariam o Natal.
A Polícia Rodoviária Federal afastou preventivamente os agentes que balearam a jovem. O Ministério Público Federal (MPF) também instaurou um Procedimento Investigatório Criminal analisar se houve tentativa de homicídio por parte dos agentes.