Mãe da menina, Claudia Morais também foi baleada e recebeu alta do Hospital Municipalizado Adão Pereira NunesArquivo / Pedro Teixeira / Agência O Dia
De acordo com cunhada da vítima, ela e o marido pretendiam levar a menina para morar com eles fora do Buraco Quente, por conta da violência na comunidade. "A gente ia pegar ela para morar com a gente, só que não deu tempo, infelizmente", lamentou a mulher, que afirmou ainda que o irmão mais velho e toda a família estão abalados, especialmente a mãe, que só soube da morte quando recebeu alta médica. "(A reação da mãe) não foi muito boa", contou.
Após serem baleadas, mãe e filha foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Municipal de São João de Meriti. Atingida no tórax, a criança não resistiu. Já Claudia Morais, de 42 anos, precisou ser transferida para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, também na Baixada Fluminense, onde deu entrada baleada na perna direita.
No hospital, a mãe passou por exames de imagens, que apontaram a entrada e saída de projétil, sem lesões cirúrgicas. Ela recebeu curativo e teve alta, com prescrição de medicamentos e orientações, na noite de quinta-feira. O corpo de N. foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias nesta sexta-feira (17). O velório será neste sábado (18), às 8h, no Crematório Metropolitano São João Batista, enquanto o sepultamento acontecerá às 12h, no Cemitério de Éden.
Entenda o caso
Na manhã de quinta-feira, N.M.S havia saído de casa com a mãe para comprar refrigerante para o almoço, quando foram surpreendidas por um tiroteio e acabaram sendo atingidas por tiros. Segundo a Polícia Militar, o 21º BPM (São João de Meriti) verificava informações sobre "um indivíduo em uma moto roubada e esconderijo de armas e drogas na região". Os PMs dizem ter sido atacados a tiros vindos da comunidade do Buraco Quente, dominada pelo Comando Vermelho (CV).
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