Biblioteca Nacional fica na coração da CinelândiaArquivo / Agência O Dia
No dia 17 de outubro de 2024, André Rebouças se tornou oficialmente um dos inscritos na honraria, abrigada no Panteão da Pátria e da Liberdade, em Brasília. O livro de páginas de aço traz inscritos os nomes de personalidades que dedicaram suas vidas à defesa ou à construção do país, entre os quais se encontram cientistas, militares, políticos, religiosos, revolucionários, artistas, ambientalistas e ativistas sociais.
Trajetória
Natural da Bahia e filho de um advogado autodidata, André foi o primeiro negro a se formar como engenheiro militar no Brasil. No exercício de sua profissão, resolveu o problema do abastecimento de água do Rio e projetou, juntamente com seu irmão Antônio, a ferrovia Curitiba-Paranaguá. Servindo na Guerra do Paraguai, desenvolveu um torpedo que foi usado com sucesso, além de ter sido professor na Escola Politécnica.
O Túnel Rebouças, o mais importante do Rio, que liga as zonas Norte e Sul, recebeu esse nome em homenagem aos irmãos engenheiros.
O que o tornou mais conhecido, porém, foi sua dedicação à causa abolicionista. Ao lado de José do Patrocínio e Joaquim Nabuco, André foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, criada em 1880. Participou da Confederação Abolicionista e redigiu os estatutos da Associação Central Emancipadora. Também foi muito amigo de Dom Pedro II.
A Biblioteca Nacional fica na Avenida Rio Branco, 219. A mostra acontece na Divisão de Manuscritos, localizada no terceiro andar do prédio histórico.
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