Biblioteca Nacional fica na coração da CinelândiaArquivo / Agência O Dia

Rio - A Biblioteca Nacional, na Cinelândia, inaugurou uma mostra com documentos do engenheiro André Rebouças (1838 – 1898). A exposição, que celebra a inclusão do abolicionista no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, pode ser visitada até o final de março, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, na Divisão de Manuscritos.


No dia 17 de outubro de 2024, André Rebouças se tornou oficialmente um dos inscritos na honraria, abrigada no Panteão da Pátria e da Liberdade, em Brasília. O livro de páginas de aço traz inscritos os nomes de personalidades que dedicaram suas vidas à defesa ou à construção do país, entre os quais se encontram cientistas, militares, políticos, religiosos, revolucionários, artistas, ambientalistas e ativistas sociais.

Trajetória

Natural da Bahia e filho de um advogado autodidata, André foi o primeiro negro a se formar como engenheiro militar no Brasil. No exercício de sua profissão, resolveu o problema do abastecimento de água do Rio e projetou, juntamente com seu irmão Antônio, a ferrovia Curitiba-Paranaguá. Servindo na Guerra do Paraguai, desenvolveu um torpedo que foi usado com sucesso, além de ter sido professor na Escola Politécnica.

O Túnel Rebouças, o mais importante do Rio, que liga as zonas Norte e Sul, recebeu esse nome em homenagem aos irmãos engenheiros.

O que o tornou mais conhecido, porém, foi sua dedicação à causa abolicionista. Ao lado de José do Patrocínio e Joaquim Nabuco, André foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, criada em 1880. Participou da Confederação Abolicionista e redigiu os estatutos da Associação Central Emancipadora. Também foi muito amigo de Dom Pedro II.

A Biblioteca Nacional fica na Avenida Rio Branco, 219. A mostra acontece na Divisão de Manuscritos, localizada no terceiro andar do prédio histórico.