E é sempre ele que tem lugar no coração dos amigos, dos enamorados, dos familiares, dos pais, mães e dos mais próximos. É ele que remove montanhas e consegue fazer com que as pessoas vivam melhor e até se curem diante de uma doença grave. O amor está sempre em pauta e o sentimento é tão grande e especial que tem até um dia para chamar de seu, 14 de fevereiro. No mês de São Valentin ou Valentine´s day, o amor é exaltado de diversass formas. A lenda conta que o dia de São Valentin foi instituído para homenagear um padre que arriscava sua vida para celebrar casamentos no século 3. Tudo em nome do amor, é claro...
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Histórias à parte, demonstrar afeto é tão importante que tem o poder de manter a saúde mental e eleva a autoestima até dos mais depressivos. A psicóloga Anastácia Barbosa explica: "O amor, em suas diversas formas — seja romântico, familiar, de amizade ou até o amor próprio — desempenha um papel fundamental na saúde mental. Ele é um dos principais fatores de proteção contra transtornos como ansiedade e depressão, pois fortalece a sensação de pertencimento, segurança e suporte emocional". De acordo com a profissional, do ponto de vista psicológico, o amor estimula a liberação de neurotransmissores como a ocitocina e a serotonina, que promovem bem-estar e reduzem os níveis de estresse.
"Além disso, relações amorosas saudáveis contribuem para a regulação emocional, ajudando a enfrentar desafios e lidar melhor com frustrações", diz ela, acrescentando que a ausência de vínculos afetivos ou relações tóxicas podem impactar negativamente a autoestima e a saúde mental. "Por isso, desenvolver relacionamentos saudáveis, baseados no respeito e na reciprocidade, é essencial para o equilíbrio emocional". Ela afirma que o amor não se limita ao que recebemos dos outros, mas também ao que cultivamos dentro de nós."O autocuidado e a autocompaixão são formas de amor que sustentam uma mente saudável e promovem uma vida mais leve e significativa".
Engana-se quem pensa que o amor é destinado somente aos casais. Existem diversas formas como diz o verso de um música de Milton Nascimento: 'qualquer maneira de amar vale a pena'. Veja os mais variados tipos desse sentimento universal.
Amor romântico
"Primeiramente o amor tem que ser recíproco, é demonstração de amor e carinho todos os dias de ambas as partes. Eu e Lincoln levamos em consideração o respeito, ele vem acima de tudo e o nosso relacionamento é baseado na Bíblia, foi através da palavra de Deus que aprendemos como devíamos nos tratar e cuidarmos um do outro. Meu marido aprendeu que o homem deve amar a sua mulher como Cristo ama a igreja e isso nos baseia. Deus, amor, amizade, respeito, companheirismo, parceria basicamente são essas palavras que definem quem nós somos um com outro", afirma a influenciadora digital Adriana Muller, casada com o jogador de futebol Lincoln Henrique.
Amor entre familiares
A pedagoga Taís Guimarães, destaca que a família, em suas variadas configurações, é a base emocional e educacional de uma criança. "A família não é definida apenas pelos laços de sangue, mas pelo amor, pela convivência e pelo cuidado. É ali que a criança desenvolve seu senso de identidade e aprende os primeiros valores que levará para a vida toda". Para a profissional, é fundamental que a escola e a sociedade reconheçam e valorizem os diferentes tipos de família, como monoparentais, homoafetivas, adotivas e muitas outras.
Amor próprio
Psicóloga com especialização de Capacitação em Transtornos de Ansiedade e Capacitação em Terapia Cognitiva Comportamental, Mariane Pires Marchetti, o amor próprio é a base para uma vida mais leve e equilibrada. "Envolve reconhecer o próprio valor, respeitar limites e cultivar hábitos que fazem bem. Quando nos tratamos com gentileza e aceitação, tomamos decisões mais saudáveis e nos afastamos de relações e situações que nos fazem mal. Amar a si mesmo não significa egoísmo, mas compreender que cuidar de si é essencial para viver bem e construir relações mais saudáveis com os outros".
Aprendendo a voar
Para Andreia Schwarz, 48 anos, palestrante e autora do livro 'Eu parei de andar e aprendi a voar', o amor próprio veio como inspiração para seu livro, lançado no ano passado. A autora apresenta uma narrativa inspiradora sobre como enfrentou os desafios após uma doença a deixar paraplégica e encontrou força para seguir em frente. A obra incentiva os leitores a enxergarem as dificuldades como oportunidades de crescimento, abordando temas como inclusão, resiliência, autocuidado, propósito e amor próprio.
Andréa acredita que o amor próprio foi essencial nesse processo e não surgiu da noite para o dia. "O processo de autoaceitação precisa ser vivido e experimentado antes de ser aceito", reflete a autora. No livro, ela compartilha como utilizou seus recursos internos, os valores familiares e o apoio de seu marido, na época, namorado, para construir um novo caminho. "O amor próprio é um pacto que fazemos com nós mesmos", afirma. Segundo ela, a verdadeira transformação acontece quando a pessoa se aceita integralmente, sem esperar que algo externo aconteça para ser feliz.
Amor pela profissão
Mariane Pires Marchetti explica que amar o ofício é essencial. "Amar o que fazemos dá sentido à nossa rotina e nos motiva a evoluir. Quando sentimos conexão com nosso trabalho, enfrentamos desafios com mais disposição e encontramos satisfação no que realizamos. Não se trata apenas de gostar da profissão, mas de enxergar propósito nela, seja pelo impacto que geramos, pelo aprendizado contínuo ou pelo crescimento pessoal. O amor pela profissão nos ajuda a construir uma relação mais saudável com o trabalho, equilibrando dedicação e bem-estar".
Aos 39 anos, Vivian Guimarães transformou o amor em um negócio na Tijuca, noRio de Janeiro. Após anos cultivando o gosto por doces, decidiu dar um novo rumo à sua vida profissional e se lançar no empreendedorismo. Vivian, com formação em Administração e decoração e design, se encontrou na confeitaria durante a pandemia. Em maio de 2020, ela se matriculou no curso de confeitaria do Instituto Gourmet na Tijuca, em um momento de incertezas e restrições devido ao lockdown.
Apesar das dificuldades, Vivian encarou o período como uma oportunidade de recomeço. Durante o curso, que concluiu em outubro de 2021, começou a vender seus primeiros doces pelo sistema de delivery, ainda sem um ponto físico."A pandemia trouxe diversas reflexões. E uma delas foi me dar um prazo para começar", afirma.O delivery foi o pontapé inicial para a sua carreira na confeitaria, quando as vendas começaram com cookies, brigadeiros, barras de chocolate recheadas, palhas italianas e bolos, todos entregues diretamente aos clientes. Finalmente, em junho de 2024, Vivian concretizou o sonho de abrir sua própria loja física, a “Vivian Guimarães Doceria e Cafeteria”, na Rua Santo Afonso, 445, na Tijuca.
Amor e solidariedade
Segundo a psicóloga Mariane Pires Marchetti, o amor também pode ser demonstrado em forma de caridade ou ajudando o próximo. "Retribuir o amor por meio de gestos solidários fortalece não apenas quem recebe, mas também quem pratica. Ajudar o próximo cria um senso de conexão e propósito, além de trazer a satisfação de fazer a diferença na vida de alguém. Pequenos atos, como ouvir com atenção, oferecer apoio ou doar tempo, são formas de demonstrar empatia e humanidade. A generosidade cria um ciclo positivo, mostrando que o amor pode ser multiplicado e que, muitas vezes, o que damos retorna para nós de maneiras inesperadas".
Para o autor do best seller Café com Deus Pai, Junior Rostirola, o amor foi transformador. Além de escrever o livro de devocionais mais vendido do Brasil, e dedicar uma vida a sua obra, ele também demonstra seu amor em forma de projetos sociais. "Venho de um lar disfuncional, onde perdi três irmãos por causa do meu pai, e desde bebê sofri violência dentro de casa. Durante a infância, além de enfrentar um ambiente familiar extremamente agressivo, sofri bullying na escola, o que gerou marcas profundas e bloqueios emocionais que me acompanharam até a vida adulta. Aos 22 anos, ainda carregava as cicatrizes desse passado, mas foi o encontro com Deus Pai que trouxe cura à minha vida e transformou minha história".
Ele conta que suas dores se tornaram combustível para projetos sociais que impactam muitas vidas. "Administramos o Lar da Criança Feliz, um abrigo que acolhe crianças retiradas de suas famílias devido a situações de abuso ou violência, oferecendo um ambiente seguro e cheio de amor. Também cuidamos do Lar do Adolescente, destinado a jovens que passaram por experiências semelhantes e precisam de um espaço para restaurar sua identidade e autoestima. Além disso, fundamos o Conviver, um abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica e dependência química. E, lembrando da escassez que vivi na infância, criamos o Mercado Solidário, um programa que distribui alimentos para centenas de famílias todos os meses".
A psicóloga Mariane Pires Marchetti explica que a amizade é de suma importância para o ser humano. "O amor entre amigos é essencial para o bem-estar emocional, pois oferece suporte, compreensão e um senso de pertencimento. Relações de amizade verdadeiras nos permitem ser quem realmente somos, compartilhar momentos de alegria e encontrar apoio nos desafios da vida. Ter pessoas com quem contar fortalece nossa autoconfiança e nos lembra de que não estamos sozinhos. O amor entre amigos vai além da convivência; é um vínculo construído na confiança, no respeito e na reciprocidade", explica a especialista.
História de superação que virou filme
Na próxima quinta-feira (20) estreia nos cinemas brasileiros o filme Fé Para o Impossível, que conta a história de amor e fé de uma família. Renée, uma missionária estadunidense casada com o pastor brasileiro Philip Murdoch, foi vítima de um brutal ataque em 2012 enquanto fazia sua caminhada matinal na Praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Golpeada na cabeça com um pedaço de madeira por um morador de rua, ela foi levada ao hospital em estado gravíssimo. As previsões médicas não eram otimistas: apenas 30% de chance de sobreviver e, caso resistisse, uma probabilidade de 87% de ficar com sequelas permanentes.
A história de Renée, porém, tomou um rumo surpreendente. Movida pela fé inabalável de sua família e pela corrente de orações iniciada por seu marido e seus quatro filhos, Julia, Micah, Caroline e Ethan, ela desafiou todos os prognósticos médicos. Mesmo após inúmeras cirurgias, incluindo a remoção de parte do crânio, sua recuperação foi rápida e milagrosa. Com pouquíssimas sequelas, Renée provou que a fé pode, de fato, mover montanhas.O caso de Renée Murdoch emocionou não só o Brasil, mas ganhou repercussão internacional.
Philip Murdoch utilizou as redes sociais para compartilhar atualizações sobre o estado da esposa e pedir orações, mobilizando milhares de pessoas ao redor do mundo. O envolvimento e a solidariedade de desconhecidos ajudaram a família a enfrentar aquele momento difícil, tornando a recuperação de Renée ainda mais simbólica. Hoje, Renée e Philip são líderes da Igreja Luz às Nações e também são fundadores da rede de franquias Legacy School, um projeto que busca transformar a educação por meio de princípios cristãos. Sua história de superação e fé foi eternizada no livro Renascida”, e agora ganha as telas do cinema.
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