Vitor Vieira Belarmino fugiu sem prestar socorro ao fisioterapeuta Fábio Toshiro KikutaRede Social

Rio - Testemunhas do atropelamento do fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta, de 42 anos, ocorrido no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, em julho do ano passado, serão ouvidas em uma nova audiência de instrução no Tribunal de Justiça do Rio, a partir das 13h desta sexta-feira (9). O influenciador Vitor Vieira Belarmino, denunciado pelo crime, continua foragido desde a época do crime e não participará da sessão.

Em abril, a juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 1ª Vara Criminal da Capital, negou o pedido da defesa do influenciador para que ele participasse por videoconferência da primeira audiência, já que consta um mandado de prisão em aberto contra ele.

Na ocasião, oito testemunhas foram ouvidas, entre elas a viúva da vítima, Bruna Villarinho Kikuta. Também já prestaram depoimento o delegado responsável pela investigação, Rodrigo de Barros Piedras Lopes; o motoboy Francisco Vicente Junior, que presenciou o atropelamento; o policial militar Carlos Eduardo Fernandes de Aguiar; o funcionário do hotel onde o casal estava hospedado, Carlos Eduardo Magalhães dos Santos; os moradores da região Gabriel de Andrade Ribeiro Alencar e Beatriz Martins Fontes Dias; e Nathan Pereira Areal, que prestou os primeiros socorros.

Nesta sexta (9), devem ser ouvidas as mulher que estavam no carro com Vitor no momento do atropelamento. Todas elas foram indiciadas por omissão de socorro.
Relembre o caso
Fábio Toshiro Kikuta, de 42 anos, morreu após ser atropelado na noite de 13 de julho do ano passado, enquanto atravessava a Avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. O acidente aconteceu poucas horas após seu casamento. Ele estava acompanhado da mulher, que não se feriu.
O veículo era conduzido pelo influenciador Vítor Vieira Belarmino, que fugiu do local sem prestar socorro. A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou Vítor pelos crimes de homicídio doloso, omissão de socorro e fuga do local do acidente. As mulheres que estavam no carro com ele também foram indiciadas.
Durante a investigação, a perícia foi realizada no local e 13 testemunhas prestaram depoimento. Os investigadores analisaram mais de 20 vídeos de câmeras da região, e o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) produziu 10 laudos técnicos. Um deles apontou que Vítor trafegava entre 92 e 118 km/h no momento do atropelamento — velocidade acima do limite da via, que é de 70 km/h.
Além disso, a investigação também concluiu que o motorista dirigia o veículo em velocidades que variaram entre 109 Km/h e 160 Km/h no trecho anterior ao atropelamento. Também foi apurado que, se estivesse trafegando na velocidade permitida, teria condições de frear o carro antes do impacto.