Moradores registraram mais um tiroteio no Juramento na tarde desta quinta (26)Reprodução/X

 Rio – Um intenso tiroteio, que teve início no fim da tarde desta quinta-feira (26), assustou moradores e quem passava nas imediações do Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte. Muitos recorreram às redes sociais para relatar preocupação com o confronto, que estaria relacionado com uma disputa territorial entre facções criminosas rivais. Outros episódios foram registrados nesta semana.
A Polícia Militar informou que equipes do 41º BPM (Irajá) intensificam o policiamento na região, com viaturas nas entradas da comunidade e ações de cerco, entre abordagens e revistas a veículos e cidadãos. O 1º Comando de Policiamento de Área (CPA) presta apoio.
A PM ainda destacou que o confronto foi iniciado por grupos criminosos rivais e que atua para localizar os envolvidos.
A plataforma digital Onde Tem Tiroteio (OTT), que é abastecida com informações por usuários comuns, publicou informe de disparos em Vicente de Carvalho, às 17h39; em Irajá, às 17h43; e em Thomaz Coelho, às 19h43. Em Coelho Neto, às 20h22, carros teriam feito retorno na contramão.  
Segundo a Fogo Cruzado RJ, outra plataforma de mesma finalidade, também houve registro de tiroteio perto das 19h. 
Já a MetrôRio, concessionária responsável pelo serviço, divulgou por volta das 21h que, por causa da troca de tiros intermitente, as estações Vicente de Carvalho e Thomaz Coelho, na linha 2, estavam com um acesso fechado, por medida de segurança. A circulação de trens no trecho chegou a ser impactada em determinado momento, mas voltou à normalidade em seguida.
Rotina de violência
A comunidade, controlada pelo Comando Vermelho, vem sendo palco de uma rotina de violência há meses. Traficantes do TCP tentam invadir e controlar o território. Os grupos rivais acabam entrando em confrontos, que já terminaram neste ano com moradores baleados.
Em maio, uma moradora foi atingida por uma bala perdida na região. Na época, Maria das Dores dos Santos foi socorrida e levada ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, em estado grave. No mesmo dia, dois corpos foram deixados na parte baixa da comunidade.
Em fevereiro, outra mulher também foi baleada na comunidade e um motorista de van atingido de raspão no ombro por um disparo, que atravessou o para-brisa do veículo.