Carolina Paz levou três pontos por causa do ferimento na pernaArquivo pessoal
Engenheira é atacada por capivara na Barra da Tijuca e leva três pontos
Mordida do animal deixou uma cicatriz na perna de Carolina Paz, de 28 anos
Rio - "Eu levo com humor, mas foi hipertraumatizante". A cicatriz na perna esquerda da engenheira Carolina Paz, de 28 anos, carrega uma história inusitada. Ela foi mordida por uma capivara enquanto passeava com a cachorra de estimação próximo ao Canal de Marapendi, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
Ao DIA, ela disse que estranhou quando o animal atravessou a ciclovia a poucos metros dela. Com isso, até passou a caminhar no lado oposto à capivara, mas isso não impediu o ataque, ocorrido em fevereiro.
"Minha cachorrinha não latiu, não fez nenhum movimento brusco. Não tentei fazer nada com a capivara, só passei mesmo. Ela se aproximou de mim e entrelaçou na coleira da minha cachorrinha. Eu tentei puxar minha cachorrinha, mas não adiantou e ela acabou me atingindo na coxa esquerda", relatou.
A engenheira explicou que a dentição causou um ferimento, mas o animal não chegou a morder por completo. Apavorada, Carolina correu enquanto tampava o machucado e gritou por ajuda, até que um morador da região ouviu os pedidos de socorro.
"Desceu uma pessoa do terceiro andar de um prédio e foi um anjo. Me levou para a casa da irmã dela, lavou o ferimento com água e sabão neutro. Isso me ajudou demais a chegar no hospital em boas condições para levar os pontos. Eu liguei para o meu pai quando já estava na casa da moça. Eu tive que repetir duas vezes que uma capivara havia me mordido (risos). Para uma pessoa acreditar, demora um pouco", explicou.
Apesar da extensão do corte, a engenheira levou somente três pontos. Ela explicou que o machucado não poderia ficar completamente suturado, já que haveria uma possibilidade de infecção por ser um animal silvestre. Além disso, Carolina lamentou por ter tido dificuldades para encontrar a vacina antirrábica em hospitais do Rio e deixou um aviso para os moradores que costumam passear com cachorros na região.
"A ciclovia está representando um perigo para quem tem pet. As capivaras se sentem ameaçadas por quadrúpedes, como os cachorros. Então temos que ter muito cuidado. A moça que me socorreu contou que, pelo menos uma vez por semana, ela desce para ajudar alguém. É mais recorrente do que a gente imagina", ressaltou.
"Eu tomei a imunoglobulina antirrábica, que é o soro. É difícil de encontrar no Rio de Janeiro. Eu fui em vários centros, não encontrei em lugar nenhum. Só fui encontrar no Super Centro de Vacinação, em Botafogo. Esse soro é raro de encontrar, principalmente no Rio", concluiu.



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