Forças de Segurança do Rio realizam operação nos Complexo da Penha e Alemão, com o objetivo de prender lideranças criminosas do Rio e de outros estadosÉrica martin/Agência O Dia
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que acompanha "com atenção" as ações de combate ao crime organizado no estado. "Reafirmamos nosso compromisso com os projetos de segurança pública e de combate à violência — uma das maiores preocupações da população brasileira", escreveu.
Também pelas redes, o deputado federal Reimont (PT-RJ) informou que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal está acompanhando a situação e pretende realizar uma incursão ao Rio para ouvir familiares das vítimas da operação.
A vereadora Tainá de Paula (PT-RJ) criticou a ação. "O governador Cláudio vai à TV dizer que essa é a ‘maior operação da história do Rio’. Maior pra quem? São 22 pessoas mortas, escolas e comércios fechados. Penha e o Alemão amanheceram com mais um massacre policial e, como de praxe, o alvo são os moradores de favela", afirmou.
O deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ) também não poupou críticas. "Os moradores num dia sofrem com a violência das facções, no outro, chega a polícia e dobra a aposta na violência. Sua política de jogar gasolina no fogo não reduz a criminalidade e não tira poder de nenhum grupo armado”, escreveu.
De acordo com a Polícia Civil, a megaoperação nas comunidades da Penha e do Alemão já resultou na morte de 60 suspeitos. Quatro policiais também morreram — entre eles o agente Marcos Vinícius de Carvalho, conhecido como “Máskara”. Outros oito agentes ficaram feridos, e quatro pessoas foram atingidas por balas perdidas.
As equipes prenderam 81 suspeitos, apreenderam 93 fuzis e uma grande quantidade de drogas. A ação também impactou a rotina da região: 29 escolas no Complexo do Alemão e 17 na Penha suspenderam as atividades, segundo a Secretaria Municipal de Educação.
Na área da saúde, cinco unidades de Atenção Primária interromperam o funcionamento e uma clínica da família manteve o atendimento interno, mas com atividades externas suspensas. Diversas linhas de ônibus também tiveram itinerários desviados por segurança, conforme informou o Rio Ônibus.

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