Polícia Federal vai abrir inquérito para apurar atuação do crime organizado no Rio de JaneiroDivulgação/PF
O ministro reiterou também a necessidade de fortalecer o controle externo da atividade policial pelo Ministério Público, com atuação preventiva e independente. Informou ter requisitado imagens das ações para verificar eventual uso excessivo da força e afirmou que a Polícia Federal seguirá à frente da investigação macro, especialmente no rastreamento financeiro das facções, considerando que o enfraquecimento econômico das milícias e do tráfico é condição essencial para a redução da violência.
Para o subprocurador-geral, dois pontos são fundamentais na apuração dos fatos e no enfrentamento da letalidade policial no âmbito da ADPF: o fortalecimento dos mecanismos de controle externo da atividade policial pelo Ministério Público e a realização de investigações conduzidas por perícia técnica isenta e independente, capaz de analisar com rigor todos os aspectos relacionados ao caso ocorrido no Rio de Janeiro.
Participaram da audiência representantes do Centro pela Justiça e Direito Internacional, Coletivo Fala Akari, Conectas Direitos Humanos, Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), Defensoria Pública da União, Educafro, Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial, Instituto de Defesa da População Negra, Instituto de Advocacia Racial e Ambiental/ Movimento Negro Unificado, Instituto de Estudos da Religião (ISER), Instituto Papo Reto, Justiça Global, Laboratório de Direitos Humanos, Mães de Manguinhos, Núcleo de Assessoria Jurídica Popular (Najup), Rede Contra a Violência, Redes da Maré.
Entre os principais pontos trazidos pelas instituições estão a necessidade de investigação e perícias independentes, imparciais e transparentes, além do arquivamento dos inquéritos abertos contra familiares, entre outros.
Audiências no Rio de Janeiro
A primeira audiência aconteceu com o governador Cláudio Castro, e outras autoridades da área de segurança pública para entender o contexto da operação policial realizada no último dia 28. Na sequência, o ministro conheceu o sistema de videomonitoramento e as ferramentas tecnológicas utilizadas no enfrentamento ao crime na capital do estado.
Ainda no Rio, o ministro teve audiências com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Ricardo Rodrigues Cardozo, com o procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Antonio José Campos Moreira, com defensor público-geral do Estado do Rio de Janeiro, Paulo Vinícius Cozzolino Abrahão, e com o prefeito do Rio, Eduardo Paes.





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