Governador Wilson Witzel e o Ministro da Saúde Nelson Teich - Reprodução
Governador Wilson Witzel e o Ministro da Saúde Nelson TeichReprodução
Por O Dia
Rio - O Governo do Estado vai abrir, neste sábado, o Hospital de Campanha do Maracanã, na Zona Norte do Rio, construído em 38 dias e que funcionará na área externa do estádio. A unidade é voltada ao atendimento às vítimas em estado grave da covid-19. Neste fim de semana serão abertos 170 dos 400 leitos do hospital, sendo 50 de UTI e 120 de enfermaria. Os outros 230 ainda estão sendo finalizados e serão entregues à população até a próxima sexta-feira (15).
"Este hospital aqui no Maracanã é de alta complexidade, é um hospital que, comparado com o que foi feito na China, em 30 dias, tem uma complexidade ainda maior. Em São Paulo, 9 a 10% dos hospitais são destinados à UTI. Aqui, 100% dos hospitais serão destinados à UTI", afirmou o governador Wilson Witzel, que esteve reunido com o ministro da Saúde, Nelson Teich, no Hospital de Campanha do Maracanã.
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O governador estava acompanhado do vice-governador Cláudio Castro; e dos secretários Edmar Santos (Saúde), Cleiton Rodrigues (Governo e Relações Institucionais) e Felipe Bornier (Esporte, Lazer e Juventude).
O secretário de Saúde, Edmar Santos, informou também que na segunda-feira (11) serão abertos 80 dos 200 leitos do Hospital de Campanha do Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca, e que outros 20 leitos também serão entregues ao longo da próxima semana. No Hospital de Campanha do Leblon, construído no terreno ao lado do 23° Batalhão da PM, serão abertos na também na segunda os 100 leitos que faltavam, completando o total de 200.
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No Hospital de Campanha do Maracanã há dois equipamentos de tomografia computadorizada e aparelhos de ultrassom, raio-X portátil e hemodiálise. Mas a grande novidade será um computador que permitirá aos pacientes internados conversar por videoconferência com os parentes em casa. "Essa novidade será muito importante para humanizar o atendimento aos pacientes do coronavírus nesta unidade", disse Edmar Santos.

Reforço com leitos privados
Além de aumentar a oferta de leitos públicos, o governo também tentará obter vagas em leitos da rede privada. Em reunião nesta sexta-feira (8/5), o governador Wilson Witzel informou a dirigentes de federações e sindicatos de hospitais e estabelecimentos de saúde que até terça-feira deverá editar decreto requisitando leitos particulares em todo o Estado do Rio para complementar o atendimento às vítimas da covid-19.
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Por determinação do governador, a Secretaria estadual de Saúde está enviando ofício às instituições privadas requisitando as planilhas de custos de operação de leitos de UTI e enfermaria na rede privada, além de informações sobre o número de leitos vagos na rede particular de todo o estado. Com esses dados, será calculado o valor que o Governo do Rio pagará pelos leitos requisitados.
Witzel também decidiu fazer um chamamento público aos médicos e demais profissionais de saúde de outros estados que queiram trabalhar no Rio de Janeiro no atendimento às vítimas do coronavírus, inclusive em hospitais de campanha. O governador também pedirá ao Ministério da Saúde auxílio na contratação de profissionais de saúde da China e de outros países que já venceram a epidemia de coronavírus.
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O procurador-geral da Justiça, Eduardo Gussem, e a secretária-geral de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Talita Schwartz, que participaram da reunião, disseram que vão analisar a minuta de decreto antes da publicação, principalmente quanto aos valores estabelecidos para indenização pelos leitos privados. Para dar transparência ao processo, haverá ampla divulgação de todas as informações a respeito dessas requisições.