Niterói Jovem Eco Social - Divulgação/Prefeitura Municipal de Niterói
Niterói Jovem Eco SocialDivulgação/Prefeitura Municipal de Niterói
Por O Dia

Criado por meio do Pacto Contra Violência, o projeto Niterói Jovem Eco Social tem aliado a redução da vulnerabilidade social de jovens com a preservação do meio ambiente. A parceria entre a prefeitura de Niterói e a Firjan Senai Sesi, que começou em outubro do ano passado, enfrentou um novo desafio durante a pandemia de covid-19: manter o vínculo com os 395 inscritos com idades entre 16 e 24 anos.

O objetivo da iniciativa é oferecer capacitação técnica profissionalizante, aprimoramento das competências pessoais e a recuperação de ecossistemas. Com 24 turmas de 11 comunidades da cidade, manter as aulas na modalidade remota foi um contratempo, tendo como principal obstáculo a dificuldade dos estudantes em acessarem a internet.

"Eles são jovens em vulnerabilidade social, seria imprudente para a administração pública se afastar no momento em que eles mais precisam. Obviamente, foi um desafio muito grande conceber algo que os atendesse, mas foi exigido do nosso compromisso com eles, que a gente pensasse fora da caixa", explica o gerente do projeto, Renato Lutterback.

Para incentivar os jovens a não desistirem do curso, o projeto optou por usar os grupos no WhatsApp por onde as turmas já se comunicavam. Sem consumir os dados de internet dos estudantes, o programa apostou em mais textos e dinâmicas visuais, sem uso de vídeos, mantendo os horários das aulas em que eles estavam acostumados. Além disso, todos os jovens receberam o Kit Multimídia, que consiste em um Pen Drive com aulas gravadas e um adaptador para o celular.

"Eu vejo isso como uma fogueira, todos estavam aquecidos, frequentando o curso e empenhados em fazer acontecer. Se é algo que fica pra depois, todos iam esfriar e talvez já não viessem com a mesma motivação. As aulas online ainda mantêm aquela brasa do começo, do porquê entramos e estamos fazendo esse curso", afirmou o aluno do curso de Auxiliar de Cozinha, Lauro Machado, de 23 anos.

Cerca de 220 alunos, que não são contemplados com os programas de auxílio da prefeitura no período de pandemia, recebem cestas básicas mensais, desde maio. A bolsa de R$ 750, também oferecida pelo projeto, não foi cortada. De acordo com Lutterback, o novo modelo de aulas teve 93% de adesão dos alunos e aqueles que não participam recebem falta e podem ter o corte proporcional da bolsa.

Junto com a qualificação profissional, os jovens têm ainda acompanhamento para desenvolvimento humano e atividade de campo, que deve ser retomada na segunda quinzena de setembro.

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