Analiel Viana exerce o mandato conversando com moradores, anotando demandas e cobrando providências Foto Divulgação
Formado em Gestão Pública, Analiel diz que sonha com um governo que possa transformar a arrecadação quase bilionária de São João da Barra em qualidade de vida e prosperidade para a população; ele considera a prefeita Carla Caputi uma pessoa do bem, porém, reprova a administração.
“Temos que saber separar a pessoa da administradora; observo que pelo volume de dinheiro que o governo recebe o município não é tratado adequadamente”, pontua. Perguntado se a Câmara cumpre o papel de fiscalizar o Executivo, o vereador evita comentar o coletivo.
“Falando por mim, estou na rua cobrando as necessidades da população; são muitas, faço minha parte”. Quanto à possibilidade de a prefeita ser convocada para prestar esclarecimentos na Câmara, Analiel ressalta que todo gestor está sujeito a prestação de contas aos órgãos fiscalizadores.
No quadro geral, o vereador concorda com quem cobra transparência: “É direito do cidadão querer informações sobre tudo que for relacionado ao governo; assim como é dever do governo prestar conta; não basta simplesmente ter portal da transparência”.
De forma equilibrada, diferente de quem faz oposição pela oposição, Analiel analisa: “Esse governo veio da pandemia 2020 e de um 2021 improdutivo, a ponto de não termos manutenção de Iluminação pública, faltando água na rede de abastecimento de responsabilidade municipal”.
“Vi pessoas comemorando e ficando extremamente gratas por ver acender a lâmpada da rua ou com a chegada da água nas residências, depois de dias sem o produto”. Na conclusão, o vereador observa que, “infelizmente, essas descrições ainda mostram uma realidade em São João da Barra”.
De acordo com dados postados no portal da Câmara, a estimativa de receita e de despesa do governo para 2024 é de R$ 852.351.849,12 – “montante que pode sofrer alteração para mais ou para menos no decorrer da elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA)”.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi aprovada, na última semana, com parecer favorável também de Analiel Viana. Durante recente audiência pública na Câmara, o secretário de Planejamento e Informatização, Allan Barcelos, apontou que no ano passado, a previsão feita para 2023 foi de R$ 640.866.051,96.
Conforme O Dia já divulgou, o secretário explicou que “desta vez, o Executivo resolveu aumentar a previsão para trazer paridade com o que está sendo arrecadado atualmente no município”, justificando que, “para 2022, por exemplo, o valor orçado foi R$ 469 milhões; no entanto, a arrecadação fechou em R$ 822.883.390,47”.
A publicação reforça que não é por falta de dinheiro que o governo vem sendo acusado de investir aquém do que o município fatura e necessita. A falta de transparência apontada por analistas e admitida por Analiel Viana reproduz o que se ouve nas ruas do município.
O vereador enfatiza que a questão passa, de forma significativa, pela política adotada pelas administrações públicas dos últimos 20 anos: “A necessidade de mudanças é clara e a solução depende da própria população”, sugere com foco nas próximas eleições; ele ressalta que não fala de pessoas e sim de gestores: “É preciso separar uma coisa da outra”, reafirma.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.