Carla Caputi já encaminhou o projeto ao Legislativo e acredita que implantação possa acontecer no início de dezembro Foto Divulgação
Município articula a criação de patrulha e centro em defesa de menores
Prefeitura já desenvolve um fluxograma para atender às vítimas de violência e abuso sexual; mas busca centralizar ações
São João da Barra – A partir de dezembro, São João da Barra (RJ) deve passar a contar com um Centro e uma Patrulha de Atendimento à Criança e ao Adolescente. O anúncio foi feito no final da última semana, pela prefeita Carla Caputi. Ela já encaminhou Projeto de Lei (PL) à Câmara de Vereadores e aguarda aprovação para colocar em prática, no Centro de Emergência.
A prefeita ressalta que está aprimorando o que o município já oferece: “Estamos somando forças com nossa equipe técnica das secretarias de Educação, de Saúde, de Assistência Social e Direitos Humanos e de Segurança. Já desenvolvemos um fluxograma para atender às vítimas de violência e abuso sexual, mas detectamos a necessidade de centralizar”.
Carla Caputi explica que a centralização é para potencializar e dar mais celeridade ao trabalho, prestando um atendimento 24h, sendo mais acolhedor, humano, sigiloso e ético, para não expor ainda mais as vítimas: “Este Centro é mais uma ferramenta criada pela municipalidade para dar assistência às crianças e adolescentes”.
A declaração da prefeita aconteceu durante encontro envolvendo as secretarias que fazem parte da iniciativa, visando discutir, fortalecer, articular e alinhar a rede de proteção focada na garantia de segurança e cuidado por meio de ações estratégicas integradas: “O resultado foi o aprimoramento do fluxograma de atendimento que ficou mais enxuto e dinâmico”, comenta a enfermeira e policial civil Alice Alves Faria.
Na oportunidade, Alice e o técnico em necropsia patológica e tanotopraxista, André Luiz Pessanha Pereira, palestraram sobre o Projeto de Prevenção e Enfrentamento à Violência Infantojuvenil, desenvolvido desde 2024 nas escolas do município em uma parceria com o governo municipal: “Observamos que existem várias portas de entrada para essa vítima”, pontua a policial.
DEMANDA MAIOR - “A criança, por exemplo, pode ter um relato espontâneo na escola e falar para o professor o que está acontecendo ou o professor identificar algum comportamento”, cita Alice para justificar a importância de estarem na comunidade escolar levando informação para os profissionais da educação, para as crianças e para os pais e responsáveis.
“A gente acolhe a vítima, mas, ao mesmo tempo. a gente também lida com o criminoso, que cabe à autoridade policial e judiciária punir”, observa Aline que defende: “Temos que pensar é na proteção à criança e ao adolescente. Precisamos sensibilizar e trazer à tona que nossas crianças estão sendo, infelizmente, vítimas de violência”.
Concluindo, a policial enfatiza que a demanda é cada vez maior: “Precisarmos sensibilizar o profissional e mostrar que todos, cada um com a sua sabedoria, tem potencial para fazer o melhor e tentar cada dia mais reduzir a estatística de violência sexual infantojuvenil”. Inúmeras autoridades municipais participaram dos debates, inclusive o inspetor da 145ª Delegacia de Polícia Civil, Messias Moraes.

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