PM é preso acusado participar da morte dos sargentos da Marinha e do Exército em São Pedro
Investigação aponta que envolvidos, com a intenção de acabar com as provas, levaram os corpos das vítimas e colocaram fogo no carro, enquanto proprietárias da boate ficaram incumbidas de apagar os vestígios e lavar o local
PM é preso acusado participar da morte dos sargentos da Marinha e do Exército em São Pedro da Aldeia - Letycia Rocha (RC24h)
PM é preso acusado participar da morte dos sargentos da Marinha e do Exército em São Pedro da AldeiaLetycia Rocha (RC24h)
Na manhã desta quinta-feira (26), agentes da 125ª Delegacia de Polícia de São Pedro da Aldeia cumpriram, com auxílio da 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, Corregedoria Geral da Polícia Militar, mandado de prisão temporária e de busca e apreensão em desfavor do policial militar Alexsander Amorim da Silva e mandado de busca e apreensão em desfavor do também policial militar Marcos Paulo Tavares Ferreira, ambos expedidos pelo juízo da 2ª Vara Criminal da comarca de São Pedro da Aldeia, no processo que apura a morte do Sargento da Marinha, identificado como Sidney Lins dos Santos e de um Sargento do Exército identificado como Júlio César Mikaloski Equey, ocorridas em 3 de dezembro de 2022.
As investigações se iniciaram logo após ser encontrado um veículo Honda Civic com duas ossadas totalmente carbonizados no interior em localidade típica de desova, na Estrada da Caveira. A placa do carro permitiu a identificação das vítimas e a obtenção da informação de ambas estarem na região a passeio, bem como terem sido vistas por último em uma casa noturna da cidade.
Logo no início, a investigação identificou que o veículo possuía GPS, dispositivo que possibilitou traçar as últimas movimentações do automóvel até o local onde fora encontrado queimado. Baseados no trajeto apontado pelo rastreador, os agentes coletaram imagens de câmeras, que identificaram a participação de um veículo Peugeot azul seguindo o veículo das vítimas.
Em oitivas, o casal de proprietárias da casa noturna, Vanessa Vianna Guimarães e Nayara Campos Monteiro, apresentaram versão “nitidamente fantasiosa e contraditória, motivando dentre outros fatores, a expedição de mandados de prisão em desfavor de ambas”.
Ainda segundo a Polícia Civil, as informações, combinadas com a adoção de técnicas de inteligência, identificaram o policial Alexsander como o proprietário do Peugeot Azul que seguiu o carro dos sargentos, conforme verificado nas câmeras de segurança ao longo da via, bem como passagem do carro no trajeto e horário compatível com o retorno do local de onde foram carbonizadas as vítimas. Através de análise telefônica das linhas móveis dos suspeitos, foram identificadas conversas entre uma das proprietárias da boate e o policial envolvido.
As proprietárias da boate, após tomarem ciência de estarem sendo procuradas pela Justiça, entraram em contato com o Mistério Público (MP), por meio de advogados, com objetivo de eximirem-se de participação. Foram colhidas as oitivas remotamente, ocasião que corroboraram com o apurado pela investigação dando detalhes do ocorrido.
No cumprimento das ordens judiciais de Busca e Apreensão, foram apreendidas as armas de fogo e celulares dos policias militares para possíveis perícias pertinentes, também foi apreendido o carro utilizado para locomoção dos autores ao local que as vítimas foram carbonizadas.
De acordo com as investigações, foi possível concluir que após homicídio, os envolvidos com a intenção de acabar com as provas, levaram os corpos das vítimas e colocaram fogo no carro, enquanto Nayara e Vanessa ficaram incumbidas de apagar os vestígios na boate e lavar o local.
Nayara e Vanessa não foram encontradas e são consideradas foragidas.
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