A vida online é uma festa, pode ser bem lucrativa e o futuro está irremediavelmente atrelado a ela. Mas é cada vez maior o número de gente alertando para nosso exagero nesse relacionamento. Agora mesmo o jornal “The Guardian” noticiou que a Comissão Europeia está recomendando que os cidadãos europeus fechem suas contas no Facebook se quiserem que seus dados não caiam em poder dos EUA e seus serviços de fofocas cibernéticas. Acho até que, mesmo longe dessa e de outras redes sociais, nada mais é segredo para os big brothers espalhados pelo planeta. Mas o alerta é sintomático. O apego à privacidade é bem maior lá nas europas, e daí a discussão. Só que Facebook está longe de ser o único vilão. Google, Microsoft, Amazon e outros tantos sabem muito bem o que você anda vendo, comprando e discutindo na internet. Se existe algo a ser escondido, talvez seja tarde.
A mais recente voz a reforçar esse coro é a do Steve Wozniak — que está longe de ser um tecnófobo como outros tantos que chiam por aí. Para quem não lembra, Wozniak foi cofundador da Apple, ao lado do Steve Jobs. Longe, portanto, de ser um ignorante no assunto. Ele disse, semana passada, que também anda preocupado com a presença crescente da inteligência artificial na sociedade.
“Se criarmos esses aparelhos para tomarem conta de tudo para nós, eventualmente eles pensarão mais rápido do que nós e vão se livrar dos humanos lentos para comandar as empresas de forma mais eficiente”, disse ele ao “Australian Financial Review”.
Wozniak também largou essa outra reflexão curiosa: “Seremos os deuses? Ou seremos os bichinhos de estimação da família? Ou seremos as formigas a serem pisadas? Não sei... Mas quando paro para pensar sobre se vou ser tratado como um bicho de estimação no futuro por essas máquinas inteligentes...bom, vou tratar o meu bichinho, um cachorro, muito bem.”
Stephen Hawking, Bill Gates e outros tantos nomes da ciência & tecnologia andaram falando algo semelhante. E numa entrevista publicada no fim da semana no “O Globo”, o matemático Vint Cerf, considerado um dos pais da internet e hoje alto executivo da Google, disse que desconectar é um bom conselho, mas ele não acredita que, a esta altura do campeonato, isso seja possível.
“Esperamos por respostas instantâneas, e nossos contatos ficam agitados e preocupados quando não recebem respostas imediatas. É parte de uma evolução social e cultural que temos que reconhecer, e, talvez, tentar reverter”, afirmou.
A questão é: onde está o equilíbrio? Alguém aí sabe a resposta correta?
GPS NA FLORESTA
Extrativistas da Boa Hora, em Manicoré, no Amazonas, vão aprender a usar o aparelho de GPS para monitorar recursos e espaços florestais. A ideia é mapear as castanheiras e abrir trilhas para facilitar o acesso a elas. As aulas sobre uso do GPS serão ministradas pelo Instituto do Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (IDAN) e estão previstas para iniciar em junho.
A ação faz parte do projeto “Resgatando a Boa Hora da Castanha”, da Associação de Moradores Agroextrativistas da Comunidade de Boa Esperança e apoiado pelo Oi Futuro, através do programa Oi Novos Brasis.
MENOS FOTOS = MAIS MEMÓRIA
Bem esperto o +Espaço, aplicativo da Samsung que ajuda a economizar memória do aparelho enviando fotos para as nuvens. Como a gente tende a deixar milhares de imagens no smartphone, eventualmente acaba se enrolando mesmo. O app sugere as pastas que podem ser transferidas para a nuvem. E o usuário, claro, escolhe o que vai manter ou não. A Samsung já oferece 50GB de espaço no DropBox. Vale testar. Mas é bom ficar de olho para evitar gastos extras com o armazenamento.
BLACKBERRY NA LUTA
A estratégia da BlackBerry para tornar-se uma empresa de software parece estar no caminho certo. No último trimestre do seu ano fiscal, que acabou agora em fevereiro, a receita com software fechou em US$ 67 milhões, ou um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado, e 24% acima do trimestre anterior. É um bom resultado, mas a empresa ainda tem que voltar a vender seus celulares como nos bons tempos. No último trimestre fiscal, a receita geral da BlackBerry caiu 32% em relação ao ano passado, ficando em US$ 600 milhões. É uma daquelas brigas boas.
CISCO MANDA BEM
A Cisco comprou a ideia da Olimpíada no Rio. Anunciou apoio a atletas e, claro, suporte tecnológico ao evento. Melhor que isso é a herança que vai deixar para a cidade. Se tudo der certo, vamos entrar, enfim, no século XXI.