Por monica.lima

Tem muita gente, em todo o mundo, que continua achando o Uber uma aberração. Para quem não lembra, ele oferece o serviço de táxis não regulamentados, e isso nada mais é do que a evolução do acesso ao transporte público graças ao uso de tecnologia, na tal economia do compartilhamento — que caracteriza nossos tempos internéticos. É o mesmo sistema de que fazem parte aplicativos como o AirBnb, que oferece hospedagem não regulamentada oficialmente em inúmeras cidades do mundo. E tudo corre muito bem para o usuário final, que é o que interessa.

Hoje, a Câmara dos Vereadores de São Paulo vota o Projeto de Lei (PL) 349/2014, que pretende proibir o Uber na cidade. A empresa, aliás, pede aos seus clientes que escrevam para os seus vereadores, alertando-os para que não caiam nessa. Se aprovado o PL, o Uber poderá ser proibido em todo o Brasil. Aguardemos. Como a nossa política se baseia em ignorância e retrocesso, não vamos nos surpreender caso a insensatez prevaleça.

Certo é que o Uber tem tantas possibilidades que será virtualmente impossível deter suas novidades e seus filhotes, via outros aplicativos. Lá na Turquia, por exemplo, o Uber acaba de lançar o UberBOAT, que oferece transporte alternativo por lanchas — ou seja, algo bem viável de ser usado no Rio. Em Istambul, as embarcações podem receber entre seis e oito pessoas. Assim como ocorre com os táxis, as corridas se baseiam na distância percorrida.

No fim das contas, fica também o alerta: se os taxistas comuns prestassem um bom serviço e não fossem tão estúpidos (como o do carro 247 da cooperativa AerosDumont), os clientes não migrariam para o Uber, que é até mais caro que o serviço básico. Mas nem vem ao caso.

QUERO SER ESTAGIÁRIO

Quanto você paga para os seus estagiários? O site ‘Business Insider’ descobriu que a Apple investe muito nos seus jovens colaboradores nos EUA. De acordo com o site, os estagiários da fabricante do iPhone chegam a receber até US$ 6.700 por mês, sem falar no auxílio-moradia de US$ 1 mil. Claro que não é qualquer um que merece essa bolada. O sujeito tem que se esforçar muito, ser o melhor e trabalhar mais do que a média. O salário por hora é de US$ 38. Mas, se eles trabalharem mais de 40 horas por semana, vão receber um salário e meio pelas horas extras. E, quando passam de 60 horas, ficam com o dobro. Muito bom.

Mas também tem o seguinte: considerando que o segredo, muitas vezes, é a alma do negócio, os estagiários não podem falar absolutamente nada sobre o seu trabalho na empresa. Não deve ser fácil manter o bico fechado, mas vale a pena.

Drone: brincadeira boa e cara pra chuchu

O drone é uma ótima brincadeira e pode também tornar-se um lucrativo instrumento de trabalho, como sabem inúmeras agências de publicidade e produtoras. Mas pouca gente sabe que ele precisa ser legalizado pela Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil. Ótima matéria do ‘Estadão’ acaba de mostrar que apenas sete desses veículos aéreos não-tripulados (VANs) estão regulares no país. Como tem muita pirataria voando por aí, é difícil calcular quantos drones estão na ativa. Mas a chutometria oficial diz que são algo entre 50 mil e 100 mil. O problema é que, para conseguir as devidas licenças, gasta-se uns R$ 15 mil. Dói.

Pirataria não é um bom negócio

A Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) está lançando a campanha ‘O meu sonho eu não arrisco’, com que pretende combater o crescente uso de software ilegal nas empresas iniciantes. A entidade está bastante empenhada em diminuir a pirataria no mundo corporativo. Vale espiar o www.empreendedorlegal.com.br

A galerinha tem que ficar atenta

Pesquisa da Intel com brasileiros entre 8 e 16 anos descobriu que eles têm medo de: ser hackeado (52%), ter sua localização e seus dados descobertos (42%), ser vítima de ciberbullying (29%), e ter segredos revelados que possam afetar sua reputação (27%).

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