Por monica.lima

A especialização do mercado chega a criar opções curiosas para o consumidor. Frente a frente o novo Golf VII e o Audi A3 sedã. Carrocerias diferentes, propostas distintas, mas muita coisa em comum entre os carros do mesmo grupo.

A plataforma modular MQB (do alemão, Matriz Transversal Modular) é pródiga em criar grandes ninhadas de filhotes e chega a treze modelos do grupo VW. No caso do Golf e A3, em comum ainda o motor 1.4 turbo com injeção direta, com acertos de cada engenharia, que resultaram em 122 cv no Audi e 140 cv no Golf. A suspensão também é igual, com calibragens próprias. No A3, mais conforto. No Golf mais disposição para curvas. O câmbio, automatizado sequencial de sete marchas, em ambos, como o sistema de desativação do motor nas paradas de sinal, o Start-Stop.

Modelos têm muita coisa em comum entre os carros do mesmo grupoCacau Fernandes/Agência O Dia

Nos equipamentos e acabamentos, mais diferenças. No pacote do Golf, completo, muito mais luxo, conforto e interatividade. A proposta esportiva do hatch reúne rodas aro 17 contra aro 16 no A3, acabamento em couro e detalhes cromados no interior. A tela multifunções com câmera e sensores de posição está presente no Golf mas não está nesta versão de entrada do A3. No Audi, simplicidade e a ausência até de um prosaico sensor de estacionamento. Cortes de custos explicam as opções e a aproximação dos preços. O A3 Sedan vem com faróis de xenônio, comandos elétricos para vidros e retrovisores, LED nas lanternas e faróis, bancos e volante com regulagens de altura e distância.
Na segurança, conta com sete airbags, freios com antitravamento ABS e distribuição eletrônica EBD, controles eletrônicos de estabilidade e tração, computador de bordo e direção elétrica. Falta o ar- condicionado digital, que nesta versão mais simples do A3 é monozona por botão. A partida é com chave mesmo, como em qualquer carro.

Já o Golf tem, além dos itens do Audi, o ar-condicionado digital com duas zonas, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, sistema de alarme com comando remoto ‘Keyless’, botão de partida e leitor de cartões de memória etc.

O curioso é que o Audi, feito na Hungria, e com o porta- malas carregado de impostos, chega por preço encostado em outro médio, o Toyota Altis, nacional de Indaiatuba. Fenômenos do capitalismo tropical exótico. O A3 parte de R$ 95 mil e o Golf de R$ 80 mil. Mas isso deverá mudar ano que vem, quando os dois forem produzidos na fábrica da VW, no Paraná, e os preços buscarem patamares mais equilibrados.

PONTO-A-PONTO

? O recall, que não acaba e já soma 25 milhões de carros de várias marcas, agora atinge mais 500 mil Ford com problemas de oxidação na caixa de direção. A NHTSA, agência norte-americana que regula a segurança viária, investiga um acidente com feridos, causado por esta falha. Na Chrysler, 895 mil Jeeps e Dodges são chamados agora para substituição do cabeamento das luzes de cortesia do para-sol, que podem entrar em curto-circuito e causar incêndios.

? A Audi comemora seu primeiro milhão de carros com tração integral Quattro, sucesso nos invernos do hemisfério Norte.

? A Hyundai partiu para a segunda fábrica no México. A unidade será em Guanajuato. O investimento é de US$ 1 bilhão.

? De olho no crescente mercado de tuning, a alemã Oettinger desembarca no Brasil. Seus tunados estão em duas concessionárias VW, em Sampa
e em São José dos Campos.

? A chinesa BYD confirmou fábrica em Campinas (SP) para produção de modelos elétricos. Primeiro ônibus elétricos, depois, se a legislação facilitar um IPI mais palatável, a marca pode trazer automóveis com esta propulsão.

? Depois de ensaios e teasers, a Volvo finalmente mostra por inteiro o novo XC90. O SUV grande da marca traz como atributos principais a conectividade e o gerenciamento eletrônico, além, é claro, da propulsão Drive-E, que combina motor a combustão com elétrico e chega aos 400 cv de potência máxima, com economia e baixas emissões.

Veterano recordista

Recente leilão em Mans, na França, entregou ao dono de um Mercedes Benz 300 SL Roadster 1961 o cheque de € 1.115.600, cerca de R$ 3,7 milhões. A exclusividade justificou o lance vencedor. Trinta
e sete carros veteranos, entre eles Ferraris, Jaguar, e outros, participaram do leilão.

Bugão da Renault

O Renault Sand Jumper é um estudo do português Luis Fonseca, que idealizou um carro simples e autossustentável. O interior é feito em plástico de garrafas PET recicladas. Por fora, a pintura
tem nano painéis que absorvem e transformam a luz solar em energia, acumulada em baterias.

Mudança de perfil

As novas rodas e pneus com aro de 18 polegadas ensaiam mudanças na F1, que ainda corre com pneus aro 13. A Pirelli testou a novidade em Silverstone com rodas BBS, que deram nova aparência aos bólidos e uma dinâmica diferenciada. Tudo para validar produtos para as ruas.

Você pode gostar