Por monica.lima
A marca que produz em Resende e em São José dos Pinhais, no Paraná, acertou a mão e começa a conquistar resultados. Em janeiro de vendas em baixa e ocupando a nona posição no mercado nacional, com 2,5 % de participação, a Nissan tem o Sentra como o terceiro sedã médio do mercado, atrás do Corolla e do Civic. O comportado modelo mexicano cresceu 111,4 % nas preferências em 2014, agrada o consumidor com o novo design e equipamentos com menor preço que os concorrentes.
No segmento de entrada, o March, recentemente lançado no país, tem linha integral em Resende, onde são feitos dois motores de três e de quatro cilindros, estamparia, pintura e finalização do carrinho. Com o 1.0 apresentado semana passada, o March assusta a concorrência pela qualidade da montagem e eficiência do novo propulsor. Em test-drive, se mostrou pujante como um 1.4 e fez 13,2 quilômetros com um litro de gasolina em uso urbano. O modelo retoma a sabedoria esquecida pelos carros 1.0. Ele é bem leve: são menos de 950 quilos com a dieta forçada pela carroceria bem projetada, o propulsor de alumínio e três cilindros. Algo assim como o Uno e o Twingo foram nos anos 90.
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Com suas qualidades à mostra, o March 1.0 aparece como alternativa real e pode alavancar as posições da japonesa.
A proposta é comum a outros bem-sucedidos em épocas de vendas menores: carro modernos, econômicos e que cativam o consumidor. Nesse campo, a Frontier, em queda brusca, pede uma reformulação ao estilo Nissan Navara.
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Na casa do sócio, outro exemplo desta busca pela novidade está no Renault Sandero, que subiu 101,7% depois de redesenhado no ano passado. Mas, de volta à Nissan, o que chama a atenção sobre a marca é sua busca de crescimento consistente. Dona de excelente conceito na Europa, Japão e Estados Unidos, a Nissan tem desempenho global bem melhor. Foi a quinta montadora do planeta em 2014, depois das gigantes Toyota, Volkswagen, Ford e Chevrolet. Nessa conta, entra a alavanca tecnológica do elétrico mais vendido do mundo, o Leaf.
PONTO-A-PONTO
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? No fechamento de 2014, o Brasil surpreendeu e manteve o quarto lugar entre os fabricantes mundiais de autos, com dianteira de pouco mais de 60 mil veículos sobre a Alemanha. A China liderou com mais de 21 milhões de carros, seguida pelos EUA, com 16,5 milhões, e Japão, com 5,5 milhões. O Brasil montou 3.328.958 automóveis e comerciais leves, com queda de 6,9% em relação a 2013. O Brasil, a Rússia e a Austrália, aliás, foram os únicos que produziram menos. Entre os fabricantes, a Toyota e seu Corolla continuam na frente. A pesquisa contempla 27 países que abrigam fabricantes de veículos.
? O preço baixo do petróleo reduziu o interesse por carros elétricos nos EUA. Hoje, um litro da gasolina por lá custa US$ 0,50.

? A Ford busca a leveza com pesquisas intensivas sobre novos materiais, principalmente o alumínio, policarbonato e a fibra de carbono, presentes no conceito Ford GT, em Detroit , nas rodas do Mustang GT e também no Fusion Lightweight. A questão principal é fazer a fibra de carbono mais barata. Hoje, os processos industriais envolvem muita mão de obra e equipamentos caros, como grandes autoclaves
na finalização.
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? Renascido do passado, o conceito Hummer HX poderá ser produzido pela GM para brigar com o o Jeep Wrangler. Como o modelo da Fiat- Chrysler tem obtido muito sucesso, executivos da GM admitiram ao The Wall Street Journal a intenção de reabilitar o Hummer. Menor e mais leve que o Hummvee militar, o HX tem o porte do seu futuro competidor, hoje sozinho nas trilhas.
Alpine faz o retorno
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A mística Alpine está de volta após 20 anos. A Renault confirmou a produção do bólido em 2016, pouco tempo depois de assumir o controle da marca esportiva. Com motor central, provavelmente o mesmo do Mégane R.S., o Alpine terá produção inicial de 3 mil unidades, podendo chegar a 5 mil, diante do real interesse dos consumidores.
O HR-V na intimidade
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A Honda mostrou as fotos do interior do seu novo SUV compacto, o HR-V, em fase de pré-lançamento no Brasil. O modelo, que chega em março às revendas, tem como apelo a ótima imagem da marca e a mecânica consagrada do Fit. No painel exibido agora, linhas previsíveis e bem comportadas, ao gosto do comprador da Honda.
Exagero na dose
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O lobby dos usineiros consegue emplacar, em época de petróleo mais barato e mistura de 27% de etanol anidro à gasolina. Pior para quem tem carros mais antigos, à gasolina pura, que recebem a recomendação de usar a Podium, que passa dos R$ 4,30 o litro.
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