Por leandro.eiro

Rio - O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), do Ministério da Saúde no Rio, começa a fazer cirurgias pelo SUS nos bebês com a Síndrome Congênita Associada à Infecção pelo vírus Zika, que apresentam também problemas ortopédicos graves nos pés, pernas, quadris e mãos.

A estreante é Eloá de Santana Silva Fidelis, com 1 ano e 7 meses e duas cirurgias já concluídas. Ela se recupera bem em casa. Outros seis bebês nessa faixa etária são preparados para cirurgias corretivas no instituto.

A Síndrome Congênita Associada à Infecção pelo vírus Zika atingiu, a partir de 2015, bebês cujas mães haviam contraído a doença ou manifestado sintomas de zika na gestação. Eloá nasceu com as pernas praticamente dobradas sobre o peito, provocando choro da criança ao trocar fraldas.

Ela e um grupo de bebês com problemas ortopédicos fizeram parte de um projeto-piloto de fisioterapia pré-cirúrgica no Instituto Fernandes Figueira (IFF), da Fiocruz. Eloá operou os dois pés em junho e os quadris em julho. Com as sessões de fisioterapia, seu médico já prevê que ela possa não precisar voltar ao centro cirúrgico para corrigir os joelhos e as mãos. "É algo novo para todos. Estudamos caso a caso e o que fazer de melhor pelos bebês", esclarece Pedro Henrique Mendes, chefe da Ortopedia Pediátrica do Into. 

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