Por leandro.eiro

Rio - Durante todo o mês de novembro, o CCBR Centro de Pesquisa vai recrutar voluntários para participarem do estudo clínico de um novo medicamento para controle do diabetes. Pessoas com excesso de peso, sede e frequência na micção, mas sem o diagnóstico da doença, podem ligar para (21) 2527-7979 e agendar a realização de um exame gratuito de glicose capilar, feito por meio da retirada de uma gota de sangue do dedo. Aqueles que tiverem níveis alterados de glicemia vão concorrer a uma vaga para fazer o tratamento, sem custo, com o remédio em fase de testes é preciso ser aprovado em uma entrevista também. O CCBR fica na Rua Mena Barreto 33, Botafogo, Rio de Janeiro.

Teste de glicemia é realizado após retirada de gota de sangue do dedoPixabay

Segundo o endocrinologista e diabetologista Luis Augusto Russo, a pesquisa envolve uma classe de medicamentos chamada inibidores da GLT1 (enzima digestiva relacionada ao diabetes). "É uma nova opção terapêutica que age melhorando a absorção dos alimentos e protegendo o pâncreas de uma desregulação da secreção de insulina", diz. Assim, a droga promove o controle da glicose e da hemoglobina glicada no sangue. "Trata-se de um percentual da hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos que dá uma amostra dos níveis de glicose dos últimos três meses. Acima de 6,5%, temos um diagnóstico de diabetes", explica o médico. Em relação à glicemia, duas dosagens acima de 126 mg/dl com o paciente em jejum ou uma acima de 200mg/dl após a alimentação caracterizam a doença.

Na próxima terça-feira, é celebrado o Dia Mundial do Diabetes. Por isso, novembro é considerado o mês de conscientização desse problema de saúde. No Brasil, ele é a maior causa de cegueira e insuficiência renal. Além disso, provoca complicações cardiovasculares, podendo levar a doenças coronarianas, enfarte, AVC e trombose.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2006, 5,5% do total da população brasileira era diabética. Em 2016, esse percentual subiu para 8,9% crescimento de 61,8%. O Rio de Janeiro é a capital com maior prevalência de diabetes: 10,4 casos para cada 100 mil habitantes. "Por ser uma doença silenciosa, ela preocupa muito os médicos", afirma Luis Augusto Russo. Estima-se que cerca de 30% das pessoas nunca fizeram um teste de açúcar no sangue.

Você pode gostar