Unidade passou por reforma geral, com revitalização de telhado, troca de piso e pintura em todas as salasDivulgação/Secom PMVR
A unidade ligada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) passou por uma reforma geral, com revitalização no telhado, troca de piso e uma nova pintura em todas as salas, incluindo novos espaços dedicados ao processo terapêutico, como sala de música e de artes. Além das melhorias na estrutura, a unidade ganhou também um jardim sensorial em formato de labirinto, com cerca de 450 mudas de plantas medicinais.
“A saúde mental hoje, com a pandemia, veio no centro de toda discussão, porque ficou em evidência o sofrimento de todas as pessoas. Temos muitos casos de ansiedade, depressão, aumento no uso de álcool, outras drogas, e isso resultou em uma demanda quatro vezes maior. Estas melhorias aqui no Caps do Belvedere, assim como será também nas demais unidades, nos ajudarão a suprir esta nova demanda, melhorando e evoluindo com o atendimento aos nossos usuários”, ressaltou a coordenadora do programa de Saúde Mental de Volta Redonda, a médica Suely Pinto.
Volta Redonda conta atualmente com seis dispositivos para atendimento à pessoas com algum sofrimento mental. São três Caps Adultos, que ficam nos bairros Vila Santa Cecília, Belvedere e Retiro; um Caps Infantil, que está localizado na Vila Mury; um Caps AD (álcool e drogas), que fica no Conforto, e um Espaço de Cuidado em Saúde Mental, que funciona no Estádio da Cidadania, no bairro Aterrado. O município conta também com uma emergência de psiquiatria no Hospital Municipal Dr. Nelson Gonçalves (antigo Cais Aterrado), que é a única da região, com 14 leitos.
“Ficamos muito felizes de ver as pessoas sendo beneficiadas pelo espaço e vamos cada vez mais buscar melhorias na nossa rede de Atenção Psicossocial, tanto para os usuários, como para a nossa equipe de profissionais”, disse a secretária municipal de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha.
Presente na reinauguração, o prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto, lembrou de quando inaugurou o Caps em 2009 e falou sobre a reconstrução que está sendo feita nas unidades.
“Pegamos uma rede muito sucateada, com Caps fechados, falta de profissionais e, assim como estamos reconstruindo a cidade, estamos trabalhando muito para reconstruir a nossa Atenção Psicossocial, para que ela volte a ser referência e estamos conseguindo”, afirmou o prefeito.
De acordo com a coordenadora da Área Técnica de Práticas Integrativas da SMS, Fabíola Angelita Martins, as plantas cultivadas no jardim vão ajudar no abastecimento da Farmácia Viva. “O cultivo será constante e o jardim terá essa finalidade de trabalhar as oficinas do Caps, sobre poda, cuidados e tratos com as plantas. Vamos fazer também as plaquinhas para identificar as plantas, que serão matrizes para a Farmácia Viva”.
O projeto já soma mais de 2 mil mudas de plantas medicinais produzidas em estufa e plantadas. Com estrutura reformada recentemente na Fundação Beatriz Gama (FBG), a Farmácia Viva contempla o envolvimento da agricultura local e a produção de remédios fitoterápicos para atender usuários da rede pública de saúde.
O projeto prevê a fabricação de 2 mil sachês de cada espécie de planta por ano. O público alvo dos medicamentos é formado por usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), por meio da Atenção Primária. O laboratório de beneficiamento será na FBG, e a dispensação, nas farmácias das unidades de saúde.
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