Projeto 'Recuperando a Casa', criado em agosto do ano passado, tem oficina própria para realizar consertosCris Oliveira/Secom PMVR

Volta Redonda - A prefeitura de Volta Redonda economizou R$ 581.509,53 desde a criação do projeto “Recuperando a Casa”, em agosto do ano passado. A iniciativa ligada à Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac) busca recuperar móveis, eletrodomésticos e equipamentos da administração municipal que estão em desuso por defeitos ou avarias, garantindo economia e a sustentabilidade aos cofres públicos. Nos 14 meses do projeto, 1.195 itens foram recuperados.
Um dos itens já recuperados, por exemplo, é uma mesa do Restaurante Popular que custa R$ 1,5 mil. O reparo dela sairia por R$ 230, mas realizado na oficina do projeto, custou só R$ 80. Uma economia de 35%, possível porque o projeto conta com uma oficina própria, que realiza serviços de solda, funilaria, pintura, estofamento e conserto de eletroeletrônicos e aparelhos de ar-condicionado. O local fica na Rua Paulo Leopoldo Marçal, no bairro Aterrado (onde funcionava a antiga Funerária Municipal).
A idealizadora e gerente administrativa do “Recuperando a Casa”, Fabiane Alves Ferreira, disse que o projeto surgiu devido ao grande volume de materiais em desuso por pequenos reparos, que acabavam se tornando sucata.
“Eu trabalhava no setor de Patrimônio da secretaria da Saúde (SMS) e quando íamos recolher esses bens, notava que era coisa boba. Às vezes era falta de um parafuso, ferrugem no pé do eletrodoméstico e eu achava um absurdo retirar aquele equipamento de uso, sendo que havia outras unidades necessitando. Os depósitos estavam ficando lotados e eu tive esta ideia. O projeto promove economia e garante a utilização adequada de cada material”, explicou Fabiane.
Fabiane destacou que além do olhar cuidadoso, a equipe formada por técnicos em eletrônica, refrigeração, soldador, estofador, auxiliar de serviços gerais e um motorista conta com uma grande criatividade, evitando que os bens patrimoniais se tornem sucatas.
“Recuperamos recentemente um fogão que precisava de uma tampa, daquelas de vidro. Fomos achá-lo em um depósito e o fogão ficou lindo. Fazemos cada ‘engenhoca’ e também criamos peças. Teve mesa que achamos o tampão perfeito, mas não conseguíamos achar o pé. Com outro pedaço de ferro nós produzimos um. Então, além do olhar cuidadoso, é fundamental termos criatividade para achar soluções”, ressaltou Fabiane.
Entre os itens mais recuperados pelo “Recuperando a Casa” estão cadeiras, longarinas e eletrodomésticos como: aparelhos de ar-condicionado, geladeiras, freezers, bebedouros, purificadores de água e micro-ondas, por exemplo. O gerente operacional, Paulo Sérgio Miranda, destacou a agilidade da equipe na recuperação do patrimônio público.
“Na semana passada, tivemos um alagamento da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Dom Bosco, onde três geladeiras foram atingidas. Uma delas já arrumamos e está pronta, gastando somente R$ 80. Uma geladeira dessas, nova, custa entre R$ 1,8 mil e R$ 2 mil. As outras vamos recolher e fazer, sempre priorizando o que é de mais urgente. Uma autoclave usada em unidades de saúde parou de funcionar, e conseguimos recuperá-la por menos de R$ 10. Uma nova custa R$ 5 mil. Um produto que ficaria encostado numa sala, hoje sai reparado e pronto para o uso”, afirmou.
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