Família autorizou doação dos órgãos, que irão beneficiar três pacientes na fila única de transplantes do estado do RioCris Oliveira/Secom PMVR

Volta Redonda - O Hospital São João Batista (HSJB), em Volta Redonda, realizou nesta quinta-feira (24), a sexta captação de órgãos de 2024. A doadora do fígado e rins foi uma mulher de 70 anos que teve morte causada por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico. A cirurgia foi realizada pelas equipes do RJ Transplantes e do HSJB. Num gesto de empatia, a família autorizou a doação dos órgãos, que irão beneficiar três pacientes que estão na fila única de espera unificada do estado do Rio.
Segundo a enfermeira exclusiva da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HSJB, Daniela da Silva, para doar os órgãos é necessário que a família do paciente autorize; por isso, a recomendação é que o assunto não seja um tabu para que, no momento delicado como o óbito, a decisão familiar se torne mais fácil, com base na vontade do paciente.
“Em um momento de dor, mais uma família teve um ato de amor e autorizou a doação de órgãos. Os pacientes que receberão os órgãos estão na fila de espera, cuja inscrição é feita a partir de equipes de referência credenciadas pelo Ministério da Saúde, via Sistema Nacional de Transplantes. A generosidade dessas famílias faz a diferença e salva a vida dessas pessoas que aguardam pelo transplante”, ressaltou.
O incentivo à doação de órgãos e tecidos no HSJB é de responsabilidade da CIHDOTT, que atua com uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeira, psicólogos e assistente social. São eles que fazem a abordagem à família para obter autorização para a doação. A captação só é possível com o aval dos familiares com parentesco até segundo grau (mãe, pai, cônjuge, filhos).
Como trabalha a CIHDOTT
Para a realização do trabalho que viabiliza a captação de órgãos e tecidos é preciso seguir um protocolo que consiste em três etapas. A primeira é identificar o paciente com uma possível morte encefálica; a segunda é a realização de exames clínico e complementar para a confirmação da morte encefálica; e, por último, a equipe da CIHDOTT realiza a entrevista, conscientizando as famílias em relação à doação de órgãos e tecidos.
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