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Rio - O Sindicato da Habitação (Secovi Rio) apresentou, na última terça-feira, o Panorama do Mercado Imobiliário de 2017 na capital fluminense. O levantamento indica que os preços de venda e locação seguem caindo. De janeiro a dezembro de 2017, o valor médio do metro quadrado de apartamentos à venda reduziu 8%. Na locação, a queda foi de 11%.

Segundo o estudo, os preços de imóveis residenciais mantiveram a tendência de queda verificada nos anos anteriores. Para venda, o metro quadrado caiu de R$ 9.913 para R$ 9.137. O aumento na oferta é um dos fatores que contribuíram com esse cenário: em janeiro, eram 28.389 apartamentos-padrão disponíveis. Em dezembro, esse número saltou para 61.424, uma alta de 116%. Já para locação, a queda nos preços do metro quadrado foi mais acentuada, com o preço passando de R$ 35,78 em janeiro para R$ 31,78 em dezembro. A oferta cresceu de 9.594 unidades no começo do ano para 12.935 no final.

 

Para o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ), Cláudio Hermolin, que participou do evento, 2017 pôs à prova mais uma vez a capacidade de resistir, transformar e inovar. "O mercado imobiliário segue enfrentando uma série de grandes desafios, apesar dos sinais de melhoria que surgem no horizonte", disse. Ele complementou que, no segundo semestre de 2017, houve alguns avanços, principalmente em relação aos indicadores econômicos. "Mas a situação está longe de se tornar confortável para o mercado imobiliário e para a totalidade da economia", comentou. A justificativa para o período difícil está no fato de que no ano passado foram lançadas 6.515 unidades, queda de 12% em relação a 2016. "O segmento comercial praticamente estagnou, com apenas sete unidades lançadas, uma redução de 93% na comparação com o ano anterior. O mercado carioca, que já produzia menos que o paulista, se distanciou ainda mais", completou.

Após os eventos esportivos

O vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider, encerrou o encontro citando outros dados sobre o mercado carioca. "De 2012 a 2014, quando se acreditava que os grandes eventos esportivos fossem gerar negócios imobiliários bastante vantajosos, o preço do metro quadrado de venda subiu bastante, indo de R$ 7 mil a quase R$ 10 mil. Entretanto, a expectativa do mercado não se confirmou, os eventos passaram, veio a crise e os imóveis encalharam, o que começou a gerar redução nos preços", avaliou.

 

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