No alto, Sai-andorinha, Pica-pau-verde-barrado e Surucuá-variado. Embaixo, bandos de Maçarico e Trinta-réis-real - divulgação
No alto, Sai-andorinha, Pica-pau-verde-barrado e Surucuá-variado. Embaixo, bandos de Maçarico e Trinta-réis-realdivulgação
Por LUIZ ALMEIDA

Marreca Toucinho, Colhereiro, Irerê e Maçarico. Vira-pedra, Talha-mar, Flamingo Grande dos Andes e Flamingo Chileno, Batuíra de Peito de Tijolo, Surucuá-variado e Formigueiro do Litoral. Não, não é a escalação de nenhuma equipe de futebol. Muito pelo contrário.

São algumas das espécies que escolhem Cabo Frio para passar o verão, fazendo da cidade um importante ponto de contemplação de aves, muitas vezes raras e exóticas. A migração, aliás, tem atraído muitos praticantes de 'birdwatching' observação de pássaros, também denominada 'passarinhada' , que se reúnem em pontos específicos do município, como as trilhas na região do Farol da Lajinha, nas proximidades da Ilha do Japonês.

De acordo com o ambientalista Antonio Angelo, a prática de 'birdwatching' tem crescido bastante nos últimos anos no Brasil. São diversos os grupos que se dedicam a fotografar as várias espécies de passaros. E todos aproveitam para compartilhar suas fotos em diversas comunidades na Internet. Uma delas é a www.wikiaves.com.br, onde é possível encontrar quase quatro mil aves que foram clicadas somente em Cabo Frio, totalizando 214 espécies diferentes.

"É uma atividade que atrai visitantes o ano inteiro, que não medem tempo nem esforços para conseguir suas fotos. Os dados coletados por eles vão para diversos sites do mundo todo e acabam atraindo mais e mais visitantes. O registro do Flamingo Grande Chileno, por exemplo, tem gerado contatos do mundo todo, de clubes de 'birdwatchers' que querem vir para cá", destaca Antonio Angelo.

Muitas vezes fugidas do frio do Hemisfério Norte, as aves 'desembarcam' em Cabo Frio para descansar e procurar alimentação, além de também aproveitarem a temporada para a reprodução. A escolha da cidade, aliás, se deve a uma conjunção de fatores. Elas chegam atraídas pela fria corrente marinha aliada a uma zona quente que é decorrente do regime de ventos que seguem, principalmente, em direção nordeste.

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