Em parceria com a Emater-Rio, as prefeituras municipais e associação de distribuidores, são realizadas diversas campanhas de recolhimento itinerante, com o objetivo de dar capilaridade à rede de postos de recebimento do estado. Além disso, são realizadas palestras sobre o processo de recolhimento das embalagens vazias de produtos agrotóxicos usados nas áreas rurais.
"É importante o trabalho de fiscalização nas propriedades rurais e nos comércios. O uso incorreto e excessivo de agrotóxicos pode causar sérios danos à saúde da população e ao meio ambiente. Essas ações têm como finalidade evitar a contaminação ambiental e a destinação correta das embalagens", afirma o secretário de Agricultura, Marcelo Queiroz.
De acordo com o engenheiro agrônomo e coordenador de controle de agrotóxicos da Secretaria de Estado de Agricultura, Leonardo Vicente da Silva, as ações de controle e conscientização sobre o uso de agrotóxicos vêm gerando resultados positivos em todo o Estado e mostrando ao agricultor que a utilização desses produtos deve obedecer à legislação.
"O material recolhido, que deixará de contaminar o ambiente, será levado para reciclagem em local licenciado para este tipo de serviço", explicou Leonardo Vicente.
Nos últimos dois anos, o Rio de Janeiro se destacou no ranking dos estado que apresentaram o maior crescimento no recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos. Ao todo, 80 toneladas desse material foram retiradas do campo, representando um aumento de 104,7%.
"Após utilizar o produto, o agricultor deve devolver as embalagens vazias em um posto de recebimento credenciado ou na revenda onde adquiriu", ressalta Vicente.
Legislação específica
Segundo o superintendente de Defesa Agropecuária, Paulo Henrique de Moraes, muitos produtores desconhecem essa obrigatoriedade e os seus riscos.
"Alguns chegam a reaproveitar as embalagens para transportar água, servir de recipiente para guardar ração animal ou até lançam de qualquer maneira pelos campos, podendo contaminar os córregos e o lençol freático nas suas propriedades. Além de perigoso, é ilegal", afirma Paulo Henrique.