Polícia Civil em ação conjunta contra o tráfico de drogas no sul do Estado e em Angra dos Reis, na Costa Verde.Divulgação/Disque Denúncia
Costa Verde - A Secretaria de Estado de Polícia Civil, (Sepol), através do 5⁰ Departamento de Polícia de Área (DPA), realizou nesta segunda-feira,19 , uma grande operação contra o tráfico de drogas , nas cidades do sul fluminense e da Costa Verde, em Angra dos Reis. Intitulada “Cana Brava” e “Kautar”, os agentes foram as ruas cumprir 88 mandados de prisão e 97 de busca e apreensão, seis deles de adolescentes. O objetivo foi prender integrantes de uma organização criminosa que atuam no tráfico de drogas em todo o Estado do Rio de Janeiro. Trinta e duas pessoas presas e três adolescentes foram apreendidos, durante a operação.
Na operação Cana Brava, em Angra dos Reis, foram cumpridos dois mandados de prisão, dos 13 expedidos e onze são considerados foragidos da Justiça. Os envolvidos já estavam presos. Dois dos seis mandados de busca e apreensão, quatro em Angra dos Reis..
Desde o início das investigações, segundo o disque denúncia, a movimentação e atuação desses traficantes nas regiões eram monitoradas pelo serviço de inteligência. Os agentes constataram que para manter o comércio das drogas nos bairros e morros, como em Angra, os chefões do tráfico agem com barreiras e até monitoramento por câmeras, para impedir a atuação dos policiais no combate ao tráfico. A facção estava investindo na compra de armamentos, como fuzis e granadas.
Os policiais constataram também que a organização contava até com uma advogada, que exercia a função de braço jurídico da facção. Ela comparecia sempre à delegacia para coagir testemunhas e moradores que tentavam informar a polícia sobre a atuação do tráfico nas comunidades.
O bando colocava terror nos moradores e agia sem piedade. Uma das ações recentes da organização criminosa foi expulsar uma família de um bairro da região, porque era parente de um policial penal, lotado no Estado de São Paulo. Se não bastasse a humilhação, a casa ainda teria sido incendiada.
Segundo relatório da investigação, o lucro do tráfico na região, entre 2020 e 2021, com a venda de 350 kg de cocaína, chegou a R$ 20 milhões. Segundo o Estado a operação continua para que todos os mandados sejam cumpridos.
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