"menor do pix" preso em Angra pela Polícia CivilDivulgação/reprodução internet

Angra dos Reis - Policiais civis da 166ª DP, prenderam nessa quinta-feira, (20), em Angra dos Reis, Júlio Gabriel Melo da Silva de Souza, conhecido como “menor do pix”, na Operação Rael, desencadeada em conjunto com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o objetivo é desbaratar uma quadrilha especializada em golpes pela internet, como extorsão e estelionato por meio de falso sequestro, além de lavagem de dinheiro através de empresas de comércio de pedras preciosas.
Joias roubadas das vítimas no golpe do falso sequestro aplicado por criminosos em ligações telefônicas - Divulgação/166ª DP
Joias roubadas das vítimas no golpe do falso sequestro aplicado por criminosos em ligações telefônicasDivulgação/166ª DP
 
Em Angra, a operação foi concentrada no cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa de um advogado, que não teve o nome divulgado e um mandado de prisão preventiva na casa do angrense conhecido como “Menor do Pix”. Um outro angrense também detido na operação estava em Porto Alegre.
"Menor do Pix" foi preso em casa pela polícia civil - Divulgação/reprodução PC
"Menor do Pix" foi preso em casa pela polícia civilDivulgação/reprodução PC


Segundo a Polícia Civil, a investigação começou em 22 de outubro de 2023, após um idoso de Taguatinga, no DF, ter sido vítima do golpe. Com prejuízo em torno de R$ 10 mil. Um dos membros do grupo foi preso em flagrante ao tentar retirar cartões bancários, joias e outros objetos de valor da casa da vítima. Ao ser preso pela polícia paulista, ele revelou que seus cúmplices estavam em outros estados e que se comunicavam exclusivamente pela internet. Os itens roubados eram enviados para uma agência dos Correios no Rio de Janeiro.
Ainda de acordo com informações apuradas pela polícia, a rede criminosa é composta por vários núcleos e liderada por três indivíduos com extenso conhecimento em informática. “Esses líderes adquiriram dados de potenciais das vítimas alvo em plataformas online e repassaram essas informações a seus cúmplices que entravam em contato com as vítimas. As ligações eram realizadas por presos do regime semiaberto no Complexo de Gericinó, em Bangu”.
Uma vez que os presos conseguiam convencer as vítimas sob ameaça de morte, os líderes acionavam grupos de “entregadores” em diversos estados. As vítimas eram instruídas a colocar cartões bancários e objetos de valor em sacolas, que eram recolhidas pelos entregadores. Enquanto a vítima permanecia na linha sob ameaça, os entregadores realizavam saques e transferências, enviando os objetos valiosos para uma agência dos Correios em Niterói, onde eram recolhidos pelos líderes do grupo.
Mediante a conclusão da investigação, a 1ª Vara Criminal de Taguatinga decretou as prisões preventivas dos líderes, ordenando também o sequestro de valores e a emissão de dez mandados de busca e apreensão em quatro estados, entre eles Rio de Janeiro. Angra dos Reis, uma das cidades do estado onde um integrante foi preso. Um dos líderes permanece foragido.
Os presos vão responder por extorsão, organização criminosa e lavagem de dinheiro, podendo ser condenados a até 31 anos de prisão. Os valores sequestrados serão utilizados para compensar as perdas das vítimas.
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