Marquinhos de Nicomedes sendo preso Divulgação/PM
As duas empresas de Nicomedes, uma delas em nome de “laranja”, firmaram mais de 30 contratos com a Prefeitura de Arraial do Cabo entre os anos de 2018 e 2020, a maioria nas áreas de Saúde e Educação. Nesses contratos, as empresas receberam mais de R$ 6,5 milhões, a maior parte dos quais “a toque de caixa”, no dia 24 de dezembro de 2020, apenas uma semana antes da posse da nova gestão municipal.
De acordo com a Polícia Civil, os recursos eram desviados através da simulação de obras que nunca foram executadas ou que foram concluídas apenas parcialmente. Um dos exemplos citados é a construção de um posto de saúde em Figueira, onde a empresa de Nicomedes recebeu mais de R$ 1,5 milhão, enquanto apenas 2,5% dos serviços foram realizados. O mesmo modus operandi foi utilizado em outras obras, como a do posto de saúde Hermes Barcellos e do posto de saúde de Figueira.
Na ação, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Maricá, Itaperuna, São José de Ubá e Juiz de Fora, em Minas Gerais. Ao todo, 19 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público, incluindo o ex-prefeito Renatinho Vianna, o ex-vice-prefeito Sérgio Lopes de Oliveira Carvalho, os ex-secretários de Saúde Antonio Carlos de Oliveira (Kafuru) e Paulo Roberto Trípoli Fontes, o ex-secretário de Obras Francisco de Assis Teixeira Soares e diversos ex-servidores. Além disso, a Justiça decretou a prisão preventiva de Marquinhos de Nicomedes e o sequestro de bens dos investigados.
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