O meia Ryan atuando no amistoso contra a equipe do Porto RealIsaac Timóteo / SEBR

Belford Roxo - O primeiro jogo do Belford Roxo na Copa Rio 2024, na tarde da última quarta-feira (24), na derrota de 1 a 0 para a Cabofriense, marcou a estreia do mais jovem jogador da equipe profissional do clube, o meia Ryan Marconi, de 16 anos, que vestiu a camisa 17. O filho da manicure Tatiana Marconi e do segurança Renato da Costa, têm quatro irmãos e mora na comunidade de Gogó da Ema, em Belford Roxo.

“Foi uma emoção muito grande quando entrei em campo e vi minha família, amigos e a torcida aplaudindo nosso time. Agora sou um jogador de futebol profissional, isso significa que a responsabilidade dobrou, tanto com relação aos cuidados com a saúde como na relação entre as pessoas. Obrigado a toda diretoria do Belford Roxo e ao meu comandante Jefter, que é um técnico excelente, um profissional competente, detalhista que dá oportunidade a novos jogadores com o intuito de vê-los crescer, coisa que poucos fazem nesse mundo”, falou emocionado Ryan.

Ryan, quando completou 13 anos, fez parte da escolinha do Nova Iguaçu, um ano depois foi para a base, permanecendo por seis meses. Em seguida passou na avaliação do Sub–15 do clube belforroxense. E paralelamente jogou a Taça da Favela pelo Gogó da Ema, sendo um dos destaques do time que foi semifinalista. Esse ano foi vice-campeão da Copa União de Base Sub–16, do Bel.

“Ryan é um jogador que promovemos para o elenco principal pois vinha se destacando na base, fizemos avaliação, durante os nossos amistosos, antes das competições oficiais, sendo o resultado positivo, por isso o relacionamos em nosso primeiro jogo da Copa Rio. Ele é disciplinado, tem imposição física, raciocínio rápido diante de uma situação de perigo, sendo um atleta que vai dar muito orgulho ao nosso clube”, disse o comandante Jefter Percy.
O meia Ryan com o técnico Jefter Percy, no jogo de estreia contra o Cabofriense - Isaac Timóteo / SEBR
O meia Ryan com o técnico Jefter Percy, no jogo de estreia contra o CabofrienseIsaac Timóteo / SEBR


O jovem jogador, ciente da realidade que enfrenta devido às suas condições financeiras e local de moradia, não deixou de estudar e está no terceiro ano do Ensino Médio, na escola da sua região, para ser um exemplo para outros jovens a jogar bola, mas estudarem.

Tem como ídolo o jogador Gerson do Flamengo e no Belzão, o comandante Jefter e o volante Anderson Domingues. Seu sonho é ver o Tricolor da Baixada vitorioso na Série B1 e no futuro ser jogador das principais ligas de futebol do mundo.