A psicóloga Quésia Carina Santana Pereira frisou que a maioria dos casos de suicídio acontece entre pessoas idosas, negras e policiaisJeovani Campos / PMBR

Belford Roxo - O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10 de setembro) foi tema da palestra apresentada pela psicóloga Quésia Carina Santana Pereira, nesta terça-feira (10), aos usuários do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Bairro Lote XV, em Belford Roxo. O evento faz parte da Campanha Internacional Setembro Amarelo, desenvolvida pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Combate à Fome (Semascf), em todos os 13 Cras da prefeitura.

Criada no país em 2016, através da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Campanha Setembro Amarelo tem como objetivo despertar uma maior conscientização nas pessoas sobre a importância da prevenção ao suicídio e de evitar seu acontecimento.

Triste realidade

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) em pesquisa realizada em 2019, estima-se mais de um milhão de casos subnotificados. No Brasil, os registram chegam a 14 mil casos por ano. Em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. Problemas psicológicos como solidão, crise financeira e problemas econômicos têm levado muitas pessoas a tirarem a própria vida. Quésia Carina destacou que de acordo com estudos e pesquisas, realizados nos últimos anos, a maioria dos casos acontece entre pessoas idosas, negras e policiais. “O acompanhamento de um profissional e o convívio social pode atuar como prevenção”, acredita a psicóloga.
Integrantes do Cras participaram da palestra e destacaram a importância do evento - Jeovani Campos / PMBR
Integrantes do Cras participaram da palestra e destacaram a importância do eventoJeovani Campos / PMBR


“Palestra muito importante. Conheço caso de uma pessoa que cometeu suicídio. A falta de diálogo, de ter alguém para conversar, é ruim. Participar do Cras é muito importante para mim. Temos uma psicóloga maravilhosa, atividades importantes e um convívio social muito bom”, disse a viúva Maria de Lourdes Carmo de Mendonça, moradora da região há 46 anos.