Savinho sonha com uma Bom Jesus que respeite o direito de todos terem acesso à saúde de qualidade Foto Divulgação
Savinho defende modelo de saúde com oferta dos serviços nas mãos do cidadão
Candidato aponta ética e palavra empenhada na construção de uma boa política
BOM JESUS – “Uma cidade que prepare as suas crianças, jovens e adultos para o futuro e coloque o cidadão no centro das atenções e decisões”. São sonhos do empresário Sávio Saboia da Fonseca (Savinho), que aposta na possibilidade de convencer os eleitores de que tem as melhores propostas, é o mais preparado e vencer as eleições para prefeito, em Bom Jesus do Itabapoana (RJ), no dia seis de outubro.
Savinho concorre pelo Cidadania/PSDB e tem na vice o médico Alcemar Mattos (Dr. Alcemar). Com 35.173 habitantes, dos quais cerca de 20 mil são eleitores, Bom Jesus está localizado na região norte do Estado do Rio de Janeiro e, além do empresário, tem na disputa ao Executivo, também, o atual prefeito (Paulo Sérgio Cyrillo) e a assistente social, Branca Motta, na disputa.
Ética e palavra empenhada são inegociáveis para o candidato. Ele aponta as virtudes como indispensáveis para a construção de uma nova política, e aponta ser este o caminho que “para o resgate da boa política, sem amarras e afastada de compromissos com o sistema”. A bandeira de campanha o candidato diz que é construída em pilares que envolvem um modelo de saúde cuja oferta dos serviços esteja nas mãos do cidadão.
Para gerar empregos e renda Savinho pensa em primeiro olhar para dentro do processo e buscar soluções internamente: “O fortalecimento de nosso comércio e indústria será um dos fatores fundamentais para que possamos conquistar esse objetivo”. No contexto estão, como vertentes, a criação da Secretaria de Desenvolvimento e Tecnologia e o Escritório de Projetos.
Implantar a cultura da Gestão Pública Empreendedora é listado pelo candidato para acelerar a arrancada do desenvolvimento do município. Para tanto, ele defende “uma gestão que coloque o cidadão no centro do processo de decisões governamentais, de forma que o planejamento urbano acompanhe o crescimento que os empresários e empreendedores estão promovendo hoje em Bom Jesus”.
ENTREVISTA
O DIA – A campanha eleitoral começou oficialmente no último dia 16; mas, já há algum tempo as articulações vinham sendo feitas. Como o senhor avalia o nível?
SAVINHO - Comecei na política no ano 2000 a convite do ex-prefeito Alvaro Moreira e do amigo Betinho da Emater. Entre as coisas que aprendi, das quais até hoje não abro mão, estão ética e palavra empenhada. E confesso que ao longo dos anos muitos esqueceram essas virtudes indispensáveis para a construção de uma nova política, seja no cenário nacional ou municipal. E baseado nesses valores inegociáveis é que buscamos um caminho de independência, voltado para o resgate da boa política, sem amarras e afastados de compromissos com o sistema que só fazem a nossa cidade ficar parada no tempo. Eu e doutor Alcemar estamos construindo esse alicerce, baseados na vontade popular da promoção de uma grande mudança em Bom Jesus, que passa por aspectos políticos, mas também por outra visão de gestão.
Qual é a sua bandeira de campanha?
“A nossa bandeira é construída em pilares bem definidos, que vão desde a criação de um modelo de saúde que a oferta dos serviços esteja nas mãos do cidadão e não de intermediários, passando por uma política forte de desenvolvimento econômico, com a criação de um escritório de projetos e investimentos concretos na área do turismo; uma educação voltada para o resgate de valores cívicos e implantação de uma cultura empreendedora e de competitividade para crianças e adolescentes, de forma que elas cresçam com uma mentalidade forte; culminando com o fortalecimento de nosso comércio, indústria, meio ambiente, cultura e de nossa agricultura que receberá tratamento diferenciado em nosso plano de gestão”.
Geração de emprego e renda é uma demanda que depende também de incentivos para atrair investidores. Como o candidato pensa buscar essa saída?
“Primeiro é importante olhar para dentro do processo e buscar soluções internamente para a geração de emprego e renda; o fortalecimento de nosso comércio e indústria será um dos pilares para que possamos conquistar esse objetivo. Um comércio forte, competitivo, atraente e com uma política pública de apoio na sua comercialização vai gerar mais consumo e consequentemente mais empregos. Vamos criar a Secretaria de Desenvolvimento e Tecnologia que trará o Turismo, e o Escritório de Projetos como vertentes de geração de emprego e renda. A Economia Criativa receberá atenção especial para também ser um viés de geração de emprego e renda. Vamos ainda alterar a Lei 406/95, ampliando o raio de benefícios fiscais chegando à Usina Santa Maria, Carabuçu e Serrinha visando a instalação de indústrias nestas localidades, em especial no ramo têxtil, acompanhando e aproveitando a já consolidada fábrica de roupas de Boa Ventura. Na mesma alteração da lei vamos estimular, por meio de benefícios fiscais. a instalação de empreendimentos turísticos na região serrana da cidade; como parques temáticos, hotéis e pousadas, restaurantes dentre outros do mesmo setor. O escritório de projetos por sua vez atuará de forma a tirar Bom Jesus da estagnação no que tange à captação de recursos federais oriundos de programação e não somente de emendas parlamentares”.
O que falta para Bom Jesus do Itabapoana arrancar no desenvolvimento?
“Implantar a cultura da Gestão Pública Empreendedora já praticada por centenas de cidades pelo país. Ofertar a crianças, adolescentes e jovens um ensino também voltado para o empreendedorismo e para valores éticos e cíveis, de forma que eles cheguem à vida adulta com uma mente competitiva, adquirindo assim um comportamento preparado para os desafios da vida. Uma gestão que ofereça ao empresário uma ambiência de negócios sem burocracia e com medidas afirmativas para que ele acredite no potencial de Bom Jesus. Uma gestão que coloque o cidadão no centro do processo de decisões governamentais, de forma que o planejamento urbano acompanhe o crescimento que os empresários e empreendedores estão promovendo hoje em Bom Jesus. Um povo forte com uma mentalidade forte é o nosso principal ativo para uma cidade desenvolvida”.
Desenvolvimento humano é uma necessidade quase unânime em nível nacional. O senhor concorda que o eixo da solução esteja nos programas sociais?
“Os programas sociais são indispensáveis numa sociedade ainda tão desigual. Acredito muito num equilíbrio, para que possamos estimular programais sociais que minimizem essa desigualdade; mas, que também prepare o cidadão para outra etapa de vida - a da empregabilidade seguida da prosperidade. Programas sociais não devem surgir para ser a solução definitiva na vida da família que mais necessidade do poder público naquele momento; mas, sim, que tenham um viés claro de preparar aquela família para uma nova etapa de vida”.
Saúde pública é também uma linha fora do prumo no país em vários estados e na maioria dos municípios. Qual a proposta capaz de garantir saúde para todos, com qualidade?
“Escolhemos um vice-prefeito que é a cara da saúde que o povo sonha para Bom Jesus. Um médico humanista que sonha com um sistema público de saúde acessível para todos e não para poucos. Vamos devolver o acesso a serviços básicos de saúde para a população; sem que ela precise de intermediários para obter um exame simples de ultrassom, por exemplo. Vamos criar linhas de cuidados voltadas exclusivamente para PCDs com a garantia de medicamentos e exames, além da implantação da Clínica Escola do Autista. Hoje o cidadão sem padrinho político sofre esperando meses e meses por exames simples de imagem. Vamos democratizar esse acesso e devolve-lo para o povo. Vamos implantar o PAD (Programa de Atenção Domiciliar), para dar acesso a serviços de cuidados básicos, fisioterapia dentre, diretamente na residência do usuário, sem que o mesmo tenha que recorrer à justiça para obter este direito. Fiz isso no passado quando estive como secretário de Saúde e vamos fazer novamente”.
Educação, turismo, agricultura. Como ficará o município nesses três itens, caso o senhor se eleja?
“A Educação será um pilar para o desenvolvimento humano que pretendemos estimular em nossas crianças, adolescentes e jovens, como mencionado anteriormente. E o sucesso destes objetivos está diretamente associado à valorização do profissional de educação e reestruturação completa dos equipamentos públicos, como escolas e quadras poliesportivas. Buscaremos ainda a extensão do horário de permanência da criança na escola com atividades extracurriculares e esportivas. A Agricultura receberá políticas públicas voltadas para o apoio incondicional ao produtor rural, em especial com a criação de um departamento específico voltado para a tecnologia no campo. Vamos manter dois grupos de patrulha mecanizada, sendo uma na parte baixa e outra na região serrana de Bom Jesus, sob a gestão de supervisão das associações respectivas. As estradas receberão atenção habitualmente durante todo o ano, inclusive as estradas de produção. Vamos investir e potencializar o apoio em tecnologia para avançarmos ainda mais na qualidade do leite e do café bonjesuense. O Turismo passará a fazer parte da nova Secretaria de Desenvolvimento Econômico, sendo a principal matriz desta nova pasta. Um trabalho sério voltado para o planejamento estratégico no desenvolvimento e consolidação de Bom Jesus e seus atrativos como um destino turístico cultural, de aventura, ecoturismo, dentre outras vocações. Fortaleceremos parcerias, como as já realizadas com o projeto Caminhos do Açúcar; também, buscaremos outras parcerias com rotas já consolidadas na região do Caparaó e região Serrana do Estado do Espírito Santo”.
E a infraestrutura?
“Temos uma ausência completa de obras estruturantes realizadas pela atual gestão; em quatro anos, nenhuma obra de infraestrutura que atacasse problemas crônicos da cidade. Existem áreas urbanas com sérios riscos de desabamento, podendo inclusive causar uma grande tragédia humana. O Escritório de Projeto que criaremos vai mudar essa realidade a médio e longo prazos. Priorizaremos obras; como recuperação de encostas, drenagem e captação de água pluvial nos bairros mais impactados pelas chuvas e que por consequência também prejudicam o comércio central da cidade. Buscaremos captação de recursos para obras de mobilidade urbana para implantação de ciclo-faixas, calçada cidadã, pavimentação asfáltica e qualificação de todas as escadarias de bairros de Bom Jesus. Investiremos também no sistema de iluminação pública”.
A dependência dos municípios da Bacia de Campos aos rendimentos do petróleo é preocupante. O senhor tem alguma alternativa para suprir esse quadro?
“Temos que pensar no chamado ‘desmame’ desta dependência a médio e longo prazos. Comparados com outras cidades da região, os royalties representam um percentual bem menor no que tange a proporcionalidade de fontes de recurso da arrecadação total anual da municipalidade. Compreendo que hoje existe essa dependência, em razão dos compromissos assumidos ao longo do anos dentro de nosso orçamento, por essa fonte de recurso; porém, com um bom planejamento de gestão e orçamentário, é sim possível encontrar alternativas para o incremento de outras fontes de forma que a dependência mencionada reduza de forma substancial”.
Em períodos de chuvas intensas várias localidades do município ficam inundadas, afetando dezenas de famílias. O que o candidato projeta para evitar a continuidade do problema?
“Bom Jesus fica localizado num vale, sendo parte de seu território às margens do Rio Itapapoana; ainda, alguns bairros e distritos são cortados por córregos, como por exemplo, o Valão Soledade. Isso nos coloca em posição delicada no quesito inundações. O que acreditamos ser necessário neste momento é uma política séria, para a promoção imediata de recuperação e preservação das encostas, das margens do rio. Há necessidade ainda da manutenção e limpeza habitual dos córregos; reflorestamento das principais áreas que estão sofrendo com deslizamento de terra, dentre outras ações eficazes que possam minimizar os impactos das fortes chuvas que assolam a nossa cidade. Em outra frente, vamos dotar a Defesa Civil municipal de tecnologia de ponta, para que tenha instrumentos que possam prever, por exemplo, o nível de impacto pluviométrico em regiões específicas, de forma que sejam criados mecanismos de alarme para que a população possa se preparar para um evento mais adverso. Montaremos uma base temporária na Usina Santa Isabel, de dezembro a abril, com barcos a motor, equipe capacitada e insumos necessários para um socorro imediato e eficaz”.
Qual é a Bom Jesus dos seus sonhos?
“Uma cidade que prepare as suas crianças, jovens e adultos para o futuro; que coloque o cidadão no centro das atenções e decisões; que respeite o direito de todos terem acesso à saúde de qualidade; que pense em criar no seu povo uma mentalidade empreendedora e competitiva; que busque qualidade de vida para seus idosos; que trate as políticas públicas para os deficientes com respeito; e que entenda que o esporte e a educação são pilares de uma sociedade; que tenha uma gestão que compreenda que seus principais ativos são seus servidores públicos e a base de seu crescimento será o seu povo”.
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