São Paulo - Em dois Estados que recentemente ganharam o reforço da Força Nacional não se notou redução da criminalidade - pelo contrário. Em janeiro, após 14 dias de rebeliões em Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, o governo federal enviou 120 militares para atuarem no patrulhamento ostensivo. O que não evitou uma escalada de violência nas ruas. Até 2 de maio, 828 pessoas foram sido assassinadas no Estado. O número é 28,3% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
Em Porto Alegre, a Força Nacional atua desde agosto, com 120 agentes. O estopim foi o assassinato de uma mãe que esperava o filho na frente da escola, durante uma tentativa de assalto. Em janeiro, o jornal Zero Hora, que registra de forma independente os crimes no Estado, apontou que a cada 5 horas e 12 minutos a região metropolitana de Porto Alegre relata um homicídio ou latrocínio.
Rio de Janeiro irá receber reforço após ataques
O governo federal autorizou o reforço na segurança no Rio após um pedido do governador Luiz Fernando Pezão. O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira, um dia depois de 45 pessoas serem presas durante uma operação na Cidade Alta, em Cordovil, Zona Norte do Rio. De acordo com o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, agentes da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) serão enviados ao estado para atuar na crise de Segurança Pública.
O ministro contou que a medida, adiantada pelo DIA na semana passada, foi aprovada durante uma reunião com o presidente Michel Temer (PMDB). Serraglio reforçou ainda que Pezão fez o pedido a Temer por telefone. À reportagem, o governador disse que serão disponibilizados 250 homens da Força Nacional de Segurança para ajudar no reforço de combate à violência na capital.
As tropas deverão desembarcar no Rio nos próximos dias. De acordo com Pezão, que foi a Brasília pedir pessoalmente a ajuda ao presidente Michel Temer e a Serraglio, ainda nesta quarta-feira a União ficou de anunciar também a quantidade de agentes que a Polícia Rodoviáira Federal (PRF) que também serão colocados à disposição do governo do estado.